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17/12/2010
Alimentação saudável é aliada na redução dos sintomas do hipotireoidismo

Pacientes com hipotireoidismo podem se beneficiar de uma dieta mais específica para a redução de sintomas comuns à doença como inchaço, fadiga, enfraquecimento de unhas e cabelos, ao mesmo tempo em que ajuda na redução ou manutenção do peso. Muitas vezes associa-se o hipotireoidismo ao ganho de peso, mas na realidade a influência é baixa. “A pessoa engorda porque o corpo funciona mais lentamente e gasta menos energia”, diz a médica Gisah Carvalho, professora da Universidade Federal do Paraná e Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Paraná (SBEM –PR).

Existem alimentos e nutrientes que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida para os pacientes de hipotireoidismo e também alguns que devem ser evitados. O consumo excessivo de sal, por exemplo, pode ser nocivo porque o sal de cozinha é iodado por força de lei com o intuito de prevenir o déficit de iodo. Mas seu excesso pode levar a danos na tireoide e favorecer o aparecimento de doenças autoimunes como o hipotireoidismo por doença de Hashimoto.

Uma dieta saudável para pacientes com hipotireoidismo inclui grãos integrais, alimentos naturais, abundância de frutas e vegetais e uma boa oferta de frutos do mar e proteínas magras. “Sabemos que a obesidade aumenta o risco de câncer da tireoide. Por isso, uma alimentação saudável provavelmente ajude a evitar obesidade e câncer. Também sabemos que alguns produtos químicos são tóxicos e, por isso devem-se evitar alimentos industrializados assim como medicamentos desnecessários” diz Dra Gisah.

Entre os nutrientes, o selênio pode ser o mais importante porque é antioxidante e é essencial para a conversão do hormônio da tireoide T4, que o corpo produz, em sua forma ativa, T3. A castanha do Pará é uma rica fonte do nutriente, que pode também ser encontrado em algumas carnes magras.

A ingestão de fibras também é muito importante para o controle do peso e alívio de um dos sintomas do hipotireoidismo, a constipação. Alimentos como alimentos, como feijão, arroz e outros grãos, trigo e aveia são ricos em fibras. O consumo da aveia também contribui para o controle do colesterol. Segundo a endocrinologista, existe uma relação direta entre TSH e colesterol. “Mesmo na faixa de normalidade do TSH*, esta relação se mantém. Isto é, quanto maior o nível de TSH mais elevado é o colesterol também. Isso ocorre porque os hormônios tireoidianos são essenciais no metabolismo das gorduras e do colesterol”, diz a médica.

Acelerando o metabolismo

O ideal para a dieta de pacientes com baixa função da tireóide é incluir pequenas refeições espalhadas ao longo do dia. Comer cinco ou seis porções (Café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) ajudará a equilibrar o metabolismo lento, que faz parte do hipotireoidismo. O importante é que as refeições tenham em torno de 300 calorias cada, e para perda de peso, é importante combiná-las com a prática de exercícios físicos.

Conselhos gerais também valem para pacientes com hipotireoidismo, como beber bastante água, comer mais frutas e verduras e menos massas, pão e amidos, e não deve deixar passar mais de cinco horas entre as refeições.

Atenção na dieta

O consumo excessivo de alguns vegetais que contém cianetos (mandioca) ou substâncias que interferem na absorção de iodo também pode ser nocivo. A ingestão de brócolis, repolho, couve-flor, mostarda, amendoim, rabanete e couve de Bruxelas deve ser comedida. “Só o consumo excessivo e constante, ou seja, comer todo dia uma boa quantidade, é que tem efeito bocígeno”, diz a Dra. Gisah.

Quanto ao consumo da soja, que já foi apontada como vilã do hipotireoidismo, a médica esclarece que isoflavonas podem interferir na absorção do iodo, mas usar leite ou óleo de soja não vai causar dano à saúde.

*TSH é o hormônio estimulador da função tireoidiana, que é controlado pela hipófise (também conhecida como glândula pituitária e que está localizada na base do cérebro).

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