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03/06/2009
Doença inflamatória e alimentação

Em 2004, a revista TIME alertava em matéria de capa sobre este processo ao qual se referia como “The Secret Killer”; passado alguns anos, vários estudos evidenciariam ainda mais os fatos citados na matéria e passam a relacioná-los não apenas a condições médicas, mas principalmente com o estilo de vida adotado pela maior parte da população ocidental. Um dos estudos descreve a inflamação como uma faca de dois gumes; nas situações em que se torna aguda ou que se mantém a baixos níveis, lida com as anormalidades a que o corpo é submetido e promove a cura. Porém quando se mantém em níveis elevados de forma crônica, pode danificar seriamente os tecidos onde estão atuando.

Em geral o processo antiinflamatório é uma defesa do organismo que permite ao corpo resistir ao ataque patológico de bactérias, vírus e parasitas. Foi exatamente este mecanismo que permitiu a evolução da espécie; graças a ele o ser humano sobreviveu às condições adversas ao longo de milhões de anos.

Mas na atualidade o estilo de vida sedentário, a dieta ocidental e a enorme quantidade de agentes agressores, levam o mecanismo a voltar-se contra si próprio de forma avassaladora. Hoje estamos em constante contato com substâncias que o organismo pode entender como sendo um ataque nocivo, um exemplo são os conservantes dos alimentos, pesticidas, agrotóxicos além de poluentes, o que deflagraria por si só uma constante resposta inflamatória.

A relação com a dieta está intimamente ligada à síntese das prostaglandinas pró e antiinflamatórias, relacionada com o tipo de ácido graxo essencial (Omega 6 e 3) respectivamente, presentes na dieta, para se manter o equilíbrio deve-se manter uma razão , ¼ entre os ômegas 3 e 6 , mas infelizmente isto não acontece, numa dieta ocidental a razão chega a 25/1, o que é sem dúvida, muito prejudicial ao nosso organismo. Este desequilíbrio acontece principalmente pelo fato dos ácidos graxos do tipo Omega 3 estarem presentes nos óleos de peixe e alguns vegetais como, por exemplo, a linhaça, alimentos que infelizmente não são exatamente usuais nas dietas da maioria da população. Já os Omega 6 são facilmente inseridos nas dietas ocidentais, tendo como principal fonte as gorduras hidrogenadas (presentes na maioria dos produtos industrializados).

Para concluir o impacto da alimentação neste processo, há de se lembrar que alimentos de alto índice glicêmico, aqueles que aumentam rapidamente os níveis de glicose no sangue, também favorecem o processo inflamatório.

Alguns fatores comportamentais agravam o processo, e então associados à elevação dos biomarcadores do processo inflamatório:

Obesidade e gordura visceral (relação cintura quadril maior que 0,8);
Fumo;
Atividade física e aeróbica reduzida;
Alimentação pobre em óleos de peixes;
Alimentação pobre em frutas e vegetais.

Algumas doenças conseqüentes do processo inflamatórios:

Enxaquecas
Síndrome Metabólica (diabetes tipo II)
Obesidade
Doenças cardiovasculares
Câncer (alguns tipos)
Doenças Neurodegenerativas (Alzheimer)
Doenças autoimunes

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1) Alimentos gordurosos aumentam o risco de câncer do intestino

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