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03/02/2009
Prevenção de doenças começa aos 20 anos

As doenças cardiovasculares estão na mira dos estudiosos porque elas ainda são as grandes responsáveis pelas mortes no mundo todo. Para o Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, estas causas superam as mortes de causas externas, doenças respiratórias e doenças malignas.

As pessoas estão buscando melhor qualidade de vida com informação e exercícios. Não que prevenção seja um assunto novo. Não! Na verdade nos EUA, esta palavra já é estudada há muitos anos e o Brasil só veio dar continuidade ao processo, fazendo a população se cuidar e se mexer, literalmente.

A Associação Americana do Coração divulgou em 2002, as últimas diretrizes para a prevenção de doenças cardíacas e derrames. A cartilha trouxe uma série de novidades em relação às recomendações anteriores, publicadas em 1997. A principal delas: a ênfase na necessidade urgente de as pessoas adotarem um estilo de vida saudável. Já está provadíssimo que isso evita o surgimento dos males cardiovasculares na imensa maioria dos casos. Imensa, aqui, é bem mais do que força de expressão. Não fumar, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e submeter-se a controles médicos periódicos: todas essas atitudes em conjunto reduzem em mais de 80% o risco de infartos e derrames. Os distúrbios cardiovasculares são a principal causa de mortes no mundo, com 17 milhões de óbitos – o equivalente a uma em cada três mortes. No Brasil, somam 300 000 por ano.

De acordo com Dr. Helio Raia, diretor do Hospital do Coração em São Paulo (HCor), “as pessoas em primeiro lugar devem analisar a sua herança genética”. Quais problemas de saúde têm na sua família? Não que seja exata a relação, mas tudo pode começar pela hereditariedade. Já o Prof. Doutor Livre-docente do HC, Dr. Mauricio Simões Abrão, ginecologista e obstetra, salienta sobre a mulher, dizendo que, “nas últimas décadas, o perfil de doenças da mulher tem mudado de forma relevante. Percebeu-se aumento na incidência de doenças hormônio-dependentes como câncer da mama, câncer do endométrio (tecido que reveste a cavidade do útero), endometriose, entre outras. Dentre os fatores que concorrem para isto, destacam-se o aumento da incidência de obesidade (uma vez que mulheres obesas têm níveis hormonais femininos mais elevados); causas medicamentosas, aumento do estresse com conseqüente maior fragilidade do sistema imunológico, além de possíveis fatores do próprio ambiente. Acredita-se hoje, que substâncias que decorrem da combustão de alguns poluentes, possam elevar os níveis de estrogênio na mulher."Com as afirmações do Dr. Helio e do Dr. Mauricio, devemos ficar mais atentos ainda à prevenção, porque o que nos rodeia, seja hereditariedade ou as condições em que vivemos, nos desfavorecem em todos os sentidos.

Mantido o cenário atual, estima-se que em 2020 as mortes provocadas pelos distúrbios cardiovasculares cheguem a 25 milhões.. Para justificarem a falta de cuidado com elas próprias, as pessoas costumam dizer que o corre-corre do dia-a-dia as impede de fazer ginástica, observar uma boa dieta, abandonar o cigarro ou ir ao médico com regularidade. Essa é, no entanto, uma meia verdade. Se cada um examinar o fundo de sua consciência, é bem possível que chegue à conclusão de que os hábitos nocivos incorporados ao cotidiano são mesmo fruto de uma opção, e não de uma impossibilidade. Essa escolha é movida pela simples preguiça de entrar numa rotina de exercícios físicos e pelo prazer inenarrável de regalar-se com comidas engordativas e bons tragos ou tragadas.

A mulher na década dos 30 anos está em seu auge biológico. Mas deve ficar atenta também que, é também a partir dos 30 anos que o metabolismo feminino começa a ficar mais lento, preguiçoso. A corrida contra o envelhecimento e prevenção de doenças deve ser levada mais a sério ainda, porque uma vida boa aos 80 anos é conseqüência de uma prevenção desde a juventude. O homem aos 30 anos não é muito diferente da mulher. Está em plena atividade, é o auge da potência sexual. Consegue ganhar 15% de massa muscular com uma rotina de exercícios constante. Após os 35 anos, ganha-se em média, 3 quilos a cada década. Já aos 40 anos, a perda de massa óssea é de 0,3% ao ano. Aos 60 anos, o homem já perdeu em torno de 5% de sua massa óssea.

A fim de tentar reverter o quadro preocupante, a Associação Americana do Coração ficou mais rígidas com suas orientações. Para começar, a idade para o início da prevenção passou dos 40 para os 20 anos. Com isso, os médicos esperam salvar milhares de vidas. O motivo da mudança é que o número de vítimas jovens é cada vez maior. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, tome-se o Brasil como exemplo. Nos anos 60, 65% das mortes por distúrbios cardiovasculares ocorriam entre pessoas com mais de 65 anos. Hoje, cerca de metade das vítimas fatais tem menos de 55 anos. Quanto menor é a idade, mais fulminantes tendem a ser os infartos e derrames. A explicação é que, com o passar dos anos, o organismo desenvolve uma rede auxiliar de vasos sanguíneos. Eles entram em ação quando uma veia principal entope. Aos 40 ou 50 anos, ainda não houve tempo para a formação dessa trama de vasos secundários.

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