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12/12/2008 O que usar: açúcar ou adoçante? A obesidade no Brasil já se tornou mais grave que a fome, segundo pesquisa recente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de a beleza estética ser perseguida por maioria dos brasileiros - homens e mulheres - a preocupação com a saúde é a responsável pelo crescimento no consumo de alimentos menos calóricos. Uma pesquisa realizada no final do ano passado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad) mostra que a procura por alimentos diet e light cresceu 870% nos últimos 10 anos. Pelo menos 180 produtos são lançados, por ano, na indústria. Quando o assunto é perda de peso, a primeira modificação na dieta costuma ser a substituição do açúcar refinado pelo adoçante dietético. A troca possibilita uma redução no total calórico da dieta, favorecendo o emagrecimento. Entretanto, um erro comum é imaginar que somente essa alteração no comportamento alimentar basta para alcançar o peso desejado. É comum a combinação de alimentos calóricos e gordurosos com bebidas diet ou light. O adoçante dietético pode ser utilizado como aliado no tratamento da obesidade, mas para o resultado ser eficaz e duradouro é preciso mudar hábitos alimentares incorretos, aderindo a um cardápio equilibrado para promover emagrecimento gradual e saudável. É bom lembrar que o adoçante dietético foi desenvolvido para atender os diabéticos que precisam restringir os produtos ricos em carboidratos simples da alimentação para controlar a glicemia (sacarose, glicose, lactose e frutose). Com o tempo, o adoçante dietético passou a ser usado também no controle de peso, como uma estratégia de facilitar a redução calórica e atualmente é consumido até por pessoas que desejam manter o peso. Você reparou que desde o início do texto o termo empregado foi "adoçante dietético" e não simplesmente "adoçante"? Existe uma diferença entre as duas expressões. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), adoçantes são produtos especificamente formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas, tendo a sacarose como principal exemplo. Já os adoçantes dietéticos conferem doçura sem possuir carboidratos simples (sacarose, frutose, glicose e lactose) na composição, apresentam em sua composição os edulcorantes, substâncias que conferem sabor doce e não são provenientes dos carboidratos simples. Vale falar que os edulcorantes devem ser consumidos com critérios por indicação sempre de um médico ou nutricionista. Conheça aqui os mais utilizados: Ciclamato: produto sintético, adoça 30 vezes mais que o açúcar, não deve ser consumido em dietas com restrição de sódio. Permitido para diabéticos e hipertensos, pois contém sódio. Acessulfame-k: produto sintético, adoça 180 vezes mais. Pode ir ao fogo. Permitido para diabéticos. Apresenta sabor residual amargo. Aspartame: produto sintético produto sintético, adoça 180 vezes mais. Permitido para diabéticos. Possui sabor próximo ao do açúcar e residual pouco intenso. Não pode ir ao fogo. Não pode ser consumido por portadores de fenilcetonúria. Sucralose: produto sintético, adoça 600 vezes mais. Pode ir ao fogo. Permitido para diabéticos, sabor similar ao do açúcar, não possui sabor amargo. Estévia: Produto natural, adoça 300 vezes mais. Permitido para diabéticos. Possui sabor residual amargo. Frutose: Produto natural, apresenta sabor próximo ao do açúcar. Só pode ser consumido por diabético com orientação nutricional ou medica. Sorbitol: Produto natural. Pode ser utilizado por diabéticos. Açúcar refinado, mascavo, mel e melado: carboidratos simples, produto natural, baixo poder de adoçar em relação aos adoçantes dietéticos, não dever ser utilizado por diabéticos, alto valor calórico 10 gramas apresentam 40 kcal. O mercado não divulga as informações com a mesma velocidade que lança produtos, e os consumidores ficam cada vez mais perdidos na hora da escolha. É o que vem acontecendo com a nova designação “zero”. Esse nome foi lançado mais como estratégia de marketing do que como proposta de mudança. No caso dos refrigerantes “zero”, por exemplo, o açúcar cedeu lugar aos adoçantes artificiais, como também acontece com as versões diet e com muitos dos light. No final das contas, acaba dando na mesma: ao optar por um pudim com “zero” açúcar, esse produto é igual a um pudim diet sem adição de açúcar. Diante de tais informações, qual seria a versão mais adequada: diet, light ou zero? Seria mais fácil se a versão light dos alimentos viesse com a informação clara que esclarecesse de qual redução exatamente se trata, se de açúcar ou gordura, já que, em cada caso, as conseqüências para quem consome são diferentes. É importante, para o consumidor, atentar-se aos rótulos no momento da compra e do consumo, para que eles atendam os objetivos da melhor maneira possível. Além disso, a quantidade do alimento consumido não deve ser aumentada por se tratar de um alimento que apresenta baixas calorias, por exemplo. Freqüentemente, ocorre o erro de se ingerir o dobro do habitual por ser um alimento diet ou light , mas, dificilmente, há a redução de 50% das calorias nesses alimentos. Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Nutrição com Dra. Rosana Farah e Por Dentro do seu alimento com Dra. Nicole Valente |
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