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21/07/2008
Má alimentação e obesidade: o problema está nos excessos

Você é o que você come, já diziam nossos avós. Quando se trata da população brasileira urbana, em geral, esse dito só se faz confirmar, e a substituição de uma refeição balanceada por lanches ou refeições rápidas de menor valor nutritivo - a chamada junk food - tem se tornado prática cada vez mais comum nas metrópoles.

Esses alimentos possuem alto teor calórico e são ricos em carboidratos, gordura e colesterol. Mas, de acordo com o Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), esses nutrientes não fazem mal à saúde. Pelo contrário: são essenciais ao funcionamento adequado do organismo. O problema é quando a quantidade extrapola os limites do saudável.

"Quando pensamos em risco à saúde, temos de pensar na qualidade e se a quantidade ingerida satisfaz as necessidades do organismo", explica. "Quando dizemos que o excesso é que faz mal, não estamos nos referindo a uma única refeição, e sim à alimentação habitual das pessoas", completa o nutrólogo. Ou seja, não são os lanches ou pratos rápidos que fazem mal, mas o uso exagerado que se faz deles.

Atualmente, a alimentação do brasileiro é considerada, de uma maneira geral, carente de nutrientes, devido à correria da vida moderna e influenciada pelos meios de comunicação, os consumidores estão trocando refeições caseiras por refeições rápidas e pouco saudáveis.

Dietas ricas nesses nutrientes aumentam o risco e a probabilidade de doenças cardiovasculares, por exemplo. "O sódio, outro nutriente frequentemente encontrado em alimentos de baixo valor nutricional e que está presente não somente no sal caseiro como nos conservantes dos alimentos, também oferece risco à saúde se consumido em excesso", alerta o Dr. Durval, que inda lembra que a incidência de obesidade é maior entre pessoas que consomem muita junk food.

Obesidade aumenta entre jovens

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), nos últimos 20 anos houve um aumento de 240% de obesidade na infância e adolescência brasileira. Esse crescimento está associado a fatores como o aumento do sedentarismo e a falta de informação sobre qualidade alimentar por parte dos pais.

Nos últimos anos, o aumento do poder econômico e a influência das crianças têm se mostrado fatores determinantes nas escolhas das famílias em diversas categorias de produtos - principalmente cereais matinais, lanches e guloseimas. "Diante desse cenário, é fundamental atentar e zelar pela qualidade da alimentação, para que não tenhamos no futuro jovens e adultos precocemente doentes", atenta o Dr. Durval Ribas Filho.

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que a obesidade infantil atinge hoje mais de 5 milhões de crianças, o equivalente a 15% da população brasileira nessa faixa etária. De acordo com o Ministério da Saúde, o problema do excesso de peso já supera a fome no país. Calcula-se que 50% da população brasileira esteja com quilos a mais do que o ideal.






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