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24/03/2008
Sou ativo(a) fisicamente e ainda assim engordo?

Vamos esclarecer alguns pontos...

Metabolismo é um conjunto de reações fisiológicas responsáveis pelo funcionamento do nosso corpo. É através destas diversas reações e do equilíbrio entre elas que o nosso organismo pode desenvolver suas funções vitais. E, para que isso se torne possível é necessário um combustível, uma energia que permita que estes processos ocorram de maneira adequada. Quando falamos em metabolismo basal ou taxa metabólica basal (TMB), nos referimos à quantidade de energia (calorias) que um indivíduo em repouso gasta para manter suas atividades vitais: respiração, metabolismo celular, circulação, atividade glandular e manutenção de temperatura corpórea.

Vários fatores influenciam a taxa metabólica total do indivíduo, que é composta por 3 principais fatores: metabolismo basal (representando 50 a 70% do valor calórico total), nível de atividade física e ação dinâmica específica dos alimentos. As atividades comuns que requerem movimentação, atividades físicas e ingestão de alimentos é que irão dar a variabilidade ao cálculo das necessidades energéticas do corpo.

Durante alguns períodos da vida, o metabolismo se modifica para se adequar às nossas necessidades, por exemplo, durante a infância é preciso mais energia para possibilitar o crescimento e desenvolvimento. Além disso, fatores como sexo, idade e composição corporal também influenciam de maneira significativa. As mulheres de uma maneira geral têm um metabolismo basal de 5 a 10% menor que os homens. Conforme envelhecemos o nosso gasto energético diminui, já que o envelhecimento leva a uma diminuição da massa muscular e ao longo dos anos não necessitamos tanto de energia quanto antes. As gestantes aumentam seu metabolismo em até 28% para poder suprir de forma eficiente as suas necessidades e as do bebê.

Conforme a composição corporal, mais músculo ou mais gordura, o metabolismo também muda. Quanto mais músculo tem um indivíduo, mais alto é seu metabolismo basal. Além disso, dependendo do peso, o gasto energético também pode ser maior, já que há um enorme esforço para movimentar e locomover um corpo mais pesado.

Tudo isso, lógico, tem haver também com a genética de cada um. A sua composição corporal é muito influenciada pela dos seus pais. Os magros tendem a gerar filhos magros, aqueles com excesso de peso oferecem uma tendência a obesidade muito importante aos seus filhos.

Quanto mais nos movimentamos, mais gastamos calorias. Portanto, o nível de atividade física, tanto em exercícios, quanto nas atividades do dia a dia (subir escadas, andar, lavar roupas, limpar a casa, trabalhar) vai diferenciar um maior ou menor gasto energético. Quem é muito preguiçoso, fica a maior parte do tempo sentado ou deitado vendo TV, ou ainda trabalha com atividades menos exigentes (como ficar no computador) tem uma diminuição no seu metabolismo total, ou seja, tem gasto calórico menor.

Pessoas muito ansiosas ou extremamente estressadas podem ter níveis de cortisol aumentados. Este hormônio, também chamado de hormônio do stress, quando secretado tem como principal objetivo o estoque de energia no corpo. Ele estimula o metabolismo energético e de carboidratos, assim como a liberação de insulina, resultando em um aumento no apetite. Além disso, também estimula o depósito de gordura, principalmente na região abdominal. Algumas doenças podem interferir no aumento do peso e no gasto energético, mas são patologias bem raras, sabe-se que apenas 5% dos casos de obesidade são por doenças glandulares. A tireóide é a principal glândula reguladora da TMB. Ela produz hormônios responsáveis, entre outras funções, pelo aumento ou diminuição do gasto energético. Quando o suprimento de T3 é inadequado, o metabolismo basal pode cair de 30 a 50%. Se a glândula for hiper ativa, a taxa de metabolismo basal pode aumentar quase duas vezes. Além disso, doenças que incluam corticóides no tratamento, como alergias, bronquite asmática e doenças reumatológicas favorecem a retenção de líquido e aumento do peso. Outras doenças como insuficiência cardíaca ou renal interferem no peso, mas não por alterar o metabolismo energético e sim por causar uma retenção de líquidos importante.

Algumas drogas podem alterar o metabolismo favorecendo o gasto calórico, elas são chamadas de termogênicas. Elas atuam transformando o excesso de calorias em calor ao invés de gordura.

Uma forma saudável de estimular o metabolismo é consumir alimentos termogênicos, ou seja, alimentos que estimulem a queima de calorias. Incluir pimenta vermelha, mostarda, gengibre, chá verde e algumas gorduras, como ômega 3 e 6, pode, numa dieta equilibrada, favorecer o gasto energético.

A quantidade adequada de calorias que uma pessoa deve consumir por dia depende de cada um. Isto pode ser calculado através do uso de algumas fórmulas que consideram fatores como sexo, idade, peso, altura e nível de atividade física. De uma maneira geral, para manter o peso, homens devem consumir entre 2200 a 2500 kcal por dia e mulheres entre 1500 a 1800 kcal/dia. Isto vai variar, é claro, com o maior ou menor nível de atividade de cada um. Além disso, algumas pessoas podem comer à vontade, sem se preocupar com quantidade e tipo de alimento que a balança nunca acusa um ganho de peso. Enquanto outras comem pouco e selecionam bem seus alimentos e mesmo assim engordam. Isto acontece porque elas são geneticamente diferentes. Alguns indivíduos têm o metabolismo mais acelerado e, além de queimar calorias mais eficientemente que outros, não estocam tanta gordura. Quem possui o metabolismo mais lento terá sempre que aumentar o gasto energético através de exercícios físicos para compensar.

Existem também algumas estratégias alimentares que devem ser tomadas para favorecer o gasto. É conhecido que fracionar a alimentação em pequenas refeições em intervalos curtos de tempo além de prevenir a fome, estimula o metabolismo. Quando se come de 3 em 3 horas quantidades adequadas de alimentos e calorias, gasta-se mais energia do que quando se come as mesmas calorias em apenas 3 refeições mais espaçadas. Portanto, fracionar a alimentação, ter horários para se alimentar e consumir os alimentos adequados favorece muito o metabolismo.

E podemos medir o nosso gasto energético?

Sim, através de um método chamado CALORIMETRIA que determina as necessidades nutricionais e o quanto utilizamos dos substratos energéticos, isto é de carboidratos e gordura, a partir do consumo de oxigênio e da produção de gás carbônico obtidos pela medida do ar inspirado e expirado pelos pulmões.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Avaliação e Orientação Física com Profa. Priscilla de Arruda e Dicas de Atividade Física com Prof. José Carlos Altieri





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