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20/01/2008
Suplementar ou exagerar

Aumentar a massa muscular, emagrecer, ficar mais jovem, se sentir mais disposto, aumentar a potência e o desempenho sexual, aumentar o rendimento nos treinos. Cada um tem uma justificativa para o uso de suplementos alimentares. Segundo a ANVISA, “Suplementos Vitamínicos e/ou de Minerais, são alimentos que servem para complementar com estes nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requerer suplementação. Devem conter um mínimo de 25% e no máximo até 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de vitaminas e ou minerais, não podendo substituir os alimentos, nem serem considerados como dieta exclusiva”. Como se vê, não adianta se alimentar mal para substituir com suplementos. É importante diferenciar o suplemento alimentar dos esteróides anabolizantes. Suplementos alimentares nada são além de produtos que contêm as mesmas substâncias nutricionais dos alimentos, só que em doses concentradas. Já os anabolizantes são drogas sintéticas.

Você pode pensar que todas as pessoas necessitam de suplementos ou que vão atingir seus objetivos estéticos ingerindo-os? Seja qual ele for, a resposta é NÃO! Prof. Dr. Lancha Junior, chefe do Laboratório de Nutrição e Metabolismo da USP, explica que, “a indicação é quando a ingestão alimentar por qualquer motivo não atinja a necessidade diária”. Não se deve sair por aí ingerindo por causa das promessas dos rótulos, anúncios enganosos e bons vendedores. Para vocês terem uma idéia, um bom exemplo são os fat-burners (também chamados de queimadores de gordura). Prometem a conquista da silhueta esguia e emagrecimento fácil. A verdade não é bem assim. Os profissionais renomados e de credibilidade no mercado como Andréa Galante, mestre e doutoranda pelo Pronut (Programa de Pós Graduação Interunidades em Nutrição Humana Aplicada da Universidade de São Paulo), Prof. Dr. Lancha Jr e Dra. Tânia Rodrigues (sócia da RG Nutri, consultoria nutricional e esportiva) são consenso em dizer que eles não cumprem o que prometem. “Eles estão fundamentados em um conceito errado. Os que utilizam carnitina tentam elevar o transporte de gordura ao ponto onde ela será oxidada (queimada). O fato é que a limitação da oxidação da gordura é a capacidade de queima e não de transporte, assim transportar mais não garante maior queima.

Outros produtos possuem efedrina ou análogos na sua composição e
esta substância atua no sistema cardiovascular. Somente no ano de 2004, vários casos de morte por problemas cardiovasculares nos Estados Unidos foram atribuídos ao consumo excessivo destas substâncias”, explica Prof. Lancha. Andréa ainda completa que “desconhece estudos científicos que comprovem benefícios. São combinações de laxantes e diuréticos, que apesar de levar à perda de peso podem levar à aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão sanguínea entre outros efeitos”. Como se vê, a promessa é bem diferente do efeito, além dos danos que podem causar à saúde, causarão no seu bolso também, pois são produtos caros. Não se engane, estes produtos têm nomes diversificados no mercado, leia o rótulo, informe-se.

Os suplementos são classificados de acordo com suas funções. Dra. Tânia explica que “com o fim de diminuir o risco de saúde no consumo de suplementos nutricionais com a atividade física, o Ministério da Saúde regulamenta estes produtos de acordo com sua finalidade, dando assim uma característica de necessidade, consumo e até mesmo estabelecendo quantidades. Assim, o consumidor pode avaliar a real necessidade no uso destes produtos, como descritos abaixo:

- Energéticos – são especialmente desenvolvidos para repor ou fornecer energia aos treinamentos. São basicamente formulados à base de carboidratos e podem ser consumidos em pó (misturados em água) ou saches em gel. Aqui podem ainda ser consideradas as barras à base de cereais que fornecem basicamente carboidratos.

- Protéicos – Basicamente proteínas, em pó ou em forma de barras, produzidas a partir da proteína do ovo (albumina) do leite (caseína ou whey) ou isolados de soja.

- Compensadores – Pós que enriquecem sucos ou leite e são formulados com todos os nutrientes necessários a uma dieta. Acrescentam calorias, proteína, carboidratos, vitaminas e minerais, de acordo com a necessidade calórica aumentada do esporte praticado.

- Repositores – São bebidas esportivas com o objetivo de repor água, sais e carboidratos (glicose) de forma mais rápida, evitando a desidratação de uma atividade intensa e/ou longa, ou ainda causada pela temperatura elevada do ambiente.

- Aminoácidos – Deste grupo, todas as formas de aminoácidos isolados (partes de proteínas) estão excluídos da classificação de suplementação alimentar, sendo que penas os BCAAs são permitidos como suplemento. Até o momento o Ministério da Saúde entende que altas dosagens de aminoácidos não são seguras suficientes para o consumo generalizado”.
Sabendo sobre a função e a classificação destes produtos, você vai ter segurança e resultado na sua utilização. Além disto, a orientação por profissionais especialistas (médico/ nutricionista) levam aos melhores resultados no controle de peso corporal, ganho de massa muscular e melhora no desempenho. Tânia finaliza, reforçando que “o uso de suplementos, deve ser uma conduta posterior à adequação da dieta, de acordo com as necessidades individuais”. Como você pode notar, busque a informação, com ela você estará garantindo o bom funcionamento da sua saúde. Uma alimentação variada e balanceada sim, cumpre o que promete! Um bom bife com arroz, feijão e salada continuam sendo uma ótima pedida!






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