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01/10/2007 Nutrólogos recomendam cardápio enriquecido com soja para redução do risco de doenças Doses diárias da proteína isolada de soja têm demonstrado ação positiva no combate a doenças como obesidade, osteoporose, doenças cardiovasculares, diabetes, além de amenizar sintomas da menopausa, entre outros benefícios No Brasil, 40% da população está acima do peso, de acordo com a Sbem - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Ainda de acordo com a Sbem, 15% das crianças brasileiras são obesas. Diversos estudos apontam para o risco de doenças ligadas à obesidade infantil que podem manifestar-se na fase adulta como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, entre outras. E os números alarmantes não param por aí. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostra que 300 mil mortes ocorrem anualmente no Brasil por doenças cardiovasculares, com destaque para as mulheres, que alcançam 141 óbitos por 100 mil habitantes. “Entre as causas do aumento da obesidade infantil está a mudança de hábitos alimentares e sócio-culturais”, explica o presidente da Abran - Associação Brasileira de Nutrologia – médico nutrólogo Durval Ribas Filho. “E, é neste cenário que o enriquecimento do cardápio com soja é muito salutar . A soja é um alimento-chave para os brasileiros. Estudos têm comprovando seus benéficos para a saúde humana em vários aspectos e junto com atividades físicas faz toda a diferença para garantir a redução do risco de doenças”, afirma Ribas Filho. “Pesquisas têm demonstrado que componentes da soja como a proteína, a lecitina e a colina, por exemplo, atuam positivamente no desenvolvimento cerebral, principalmente na memória; ajudam também a reduzir os níveis de colesterol total e LDL, e os níveis de homocisteína no sangue - que podem estar associados a danos nas artérias e assim manter o coração saudável”, explica. De acordo com Ribas Filho, a oferta de proteínas vegetais para pacientes diabéticos, por exemplo, tem demonstrado, a longo prazo, uma melhora do controle glicêmico e diminuição da resistência à insulina. “Adicionalmente, as fibras, os fitosteróis e a proteína isolada de soja melhoram o balanço lipídico desses pacientes, gerando um significativo impacto nas complicações cardiovasculares previstas. Além disto, a substituição da proteína animal pela proteína isolada de soja diminui a hiperfiltração e sobrecarga renal e a proteinúria”, afirma. Confira outros benefícios da soja para a saúde: 1. Reduz o risco de doenças cardíacas Uma dieta rica em proteínas da soja pode reduzir o risco de doenças cardíacas. Trata-se de um alimento pobre em gorduras saturadas e sem colesterol, mas rico em proteínas importantes. Dessa forma, representa um excelente substituto para as carnes. A proteína da soja reduz os níveis de colesterol. Estudos mostram que 25 gramas por dia dessa proteína são suficientes. Além disso, inibe a oxidação do colesterol - a qual pode causar lesões nas artérias. Uma substância encontrada na soja, denominada genisteína, impede a formação de coágulos e o crescimento das células que formam placas nesses vasos sangüíneos. Portanto, a ingestão de maiores quantidades de proteína de soja é uma boa forma de proteger o coração. 2. Ajuda a prevenir a osteoporose A ingestão de derivados da soja é uma boa maneira de manter ossos saudáveis e diminuir o risco de osteoporose. Essa doença é caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos e representa um problema de saúde grave e comum. Pode ser evitada por meio de exercícios e de uma boa alimentação. Os derivados da soja podem proteger os ossos através de três mecanismos: 1. São ricos em cálcio. O tofu (½ xícara ) contém 130 mg de cálcio. O leite de soja (1 xícara) contém 80 mg, e pode ser enriquecido com até 300 mg. 2. A proteína da soja ajuda a conservar o cálcio do organismo. Quando as pessoas ingerem alimentos da soja, em vez de proteínas animais, excretam menos cálcio na urina. 3. As isoflavonas, particularmente a daidezeína, evitam a reabsorção dos ossos. 3. Combate o diabetes O diabetes é caracterizado por níveis elevados de açúcar no sangue, em decorrência da falta de insulina ou da utilização inadequada desse hormônio. Os pacientes com a doença apresentam risco elevado de doenças cardíacas, lesões oculares, renais, neurológicas e nos membros. A melhor dieta, na maioria dos casos, consiste em alimentos pobres em gorduras, ricos em carboidratos complexos (amido e fibras) e com quantidades moderadas de proteínas. Os alimentos com soja ajudam no combate à doença de duas formas: 1. Reduzem a absorção de glicose para a circulação sangüínea. Tendo em vista que são ricos em fibras, esses alimentos apresentam um baixo índice glicêmico, ou seja, causam uma elevação apenas discreta na concentração de glicose no sangue. São particularmente úteis por facilitarem a ação da insulina. 2. Reduzem os níveis de colesterol e, portanto, ajudam a evitar ou controlar algumas complicações da doença, como a aterosclerose ("entupimento" das artérias) e doenças renais. 4. Melhora os sintomas da menopausa As mulheres que ingerem ½ xícara de produtos da soja diariamente apresentam menos episódios de fogachos e sudorese noturna. As isoflavonas encontradas nesses alimentos, são consideradas fitoestrógenos, ou seja, estrógenos de origem vegetal. Apresentam propriedades semelhantes ao estrógeno humano, embora com menor efeito, melhorando os sintomas da menopausa. Hoje em dia há muitas mulheres utilizando as isoflavonas no lugar de hormônios sintéticos e os efeitos são bastante encorajadores. Há várias pesquisas recentes comprovando a eficácia das isoflavonas na terapia de reposição hormonal. Referência: The Solae Company (Há mais de 30 anos, a The Solae Company, uma joint-venture entre DuPont Protein Technologies e Bunge Limited, realiza pesquisas para entender melhor os reais benefícios da proteína de soja à saúde. Os principais assuntos estudados pela The Solae Company são saúde cardíaca, nutrição esportiva e controle de peso. Há muitos anos, pesquisadores de mais de 180 universidades e instituições de pesquisa utilizam produtos à base de proteína de soja da The Solae Company em centenas de estudos) www.thesolaecompany.com Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cardiologia com Dr. Ricardo de Tavares 
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