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14/05/2007
A maratona é atividade de risco à saúde?

Ano dos Jogos Pan-americanos e mais uma vez uma velha polêmica: Jornal NY Times 07/12/06, revista Veja 18/12/06, e revistas médicas de alta credibilidade discutem:

A atividade física extenuante como a maratona traz riscos ou benefícios? Quantas por ano? Nessa discussão, uma junta médica do HCor – Hospital do Coração e Inst. Dante Pazzanese de Cardiologia, composta pelos doutores Giuseppe Dioguardi, Daniel Daher e Ricardo Francisco esclareceu algumas dúvidas. Sendo uma corrida na qual a freqüência cardíaca mantem-se acima de 80-85% da máxima (inclusive no treinamento), e por tempo prolongado (2 a 6h, conforme o atleta), requer esforço físico muito longo e vigoroso e trazendo os riscos:

A. Risco de morte súbita durante ou após a prova

1. Aqueles com alguma doença cardíaca prévia ou ainda portando uma infecção não curada (seja por vírus ou bactéria)

2. Os que tem algum sintoma clínico durante os treinamentos ou na prova

3. Os que não repõem adequadamente nutrientes, líquidos, sódio e potássio

B. Risco de desenvolver uma doença cardíaca no futuro

1. Entre os corredores existe maior tendência de arritmias cardíacas benignas, mas eventualmente algum poderá desenvolver arritmias mais graves.

2. Aparecimento de danos no coração dos maratonistas sadios. Alguns corredores apresentaram, após a maratona de Boston, aumento de substâncias (enzimas) que só existem dentro das células do miocárdio (esse resultado chegou a ocorrer em 40% dos examinados). O significado real destas alterações ainda é incerto, por não significar obrigatoriamente lesão cardíaca irreversível, visto que não há maior quantidade de doenças cardíacas em maratonistas do que na população em geral (ao contrário os maratonistas tem menos risco de infarto do que os sedentários). O nosso grupo de cardiologia do esporte , por coincidência, também estudou maratonistas paulistas e deve repetir essas pesquisas na maratona de 2007 ainda com mais detalhes.

Com o conhecimento científico adquirido na atualidade podemos aconselhar àqueles que desejam ser maratonistas amadores ou profissionais :

1. Continuar com a prática da maratona por todos aqueles, que estejam na ocasião, em perfeitas condições de saúde.

2. Todos aqueles que não se submeterem a exame médico especializado ou aqueles que apresentarem alguma doença de risco e os não adequadamente preparados para este tipo de competição desgastante, devem evitar participar de maratonas.

3. Limitar a quantidade de participações, especialmente dos esportistas amadores, a duas (ideal) ou no máximo três por ano, mas com avaliações cardiológicas competentes e detalhadas.

4. Atletas profissionais de qualquer idade e outras pessoas (esportistas em geral) que tenham 60 anos ou mais devem fazer avaliações multiprofissionais para participação em maratonas, meses antes.

Por Dr. Nabil Ghorayeb, cardiologista e médico do esporte, premio Jabuti 2000, autor do livro Ninguém Morre de Véspera, Editora www.phorte.com

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) - FUNCOR

Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de Cardiologia com Dr. Ricardo Tavares de Carvalho e na de Avaliação e Orientação Física com Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo





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