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15/08/2014
Mudança brusca de temperatura é gatilho para a enxaqueca!

Milhares de pessoas em todo o mundo sofrem de um terrível mal, conhecido popularmente como enxaqueca. Essas mesmas pessoas perdem dias de serviço, dinheiro e inclusive algumas vezes esta pode inclusive atrapalhar seus laços afetivos e amorosos, comprometendo e muito sua vida. Algumas procuram fórmulas mágicas para resolver este problema como chá disto, suco daquilo, etc., outras procuram ajuda medicamentosa e iniciam uma quase "dependência" química destes e começam a aumentar cara vez mais a quantidade e a dosagem de seus remédios que começam a fazer efeito cada vez menor ou por um período de tempo cada vez mais curto e entram em um círculo vicioso que às vezes as levam ao desespero emocional, social, profissional e afetivo.



Enxaqueca é um tipo de dor de cabeça bastante frequente, caracterizado por uma dor latejante, em geral de um dos lados do crânio, acompanhada muitas vezes de náusea e vômitos.

A cidade de São Paulo tem enfrentado dias quentes e secos no meio do inverno, mas a chegada de uma massa de ar frio do Sul é prevista para derrubar a temperatura e aumentar a umidade, com chuva e garoa, nos próximos dias. Essa variação costuma afetar a imunidade de muita gente e, para quem sofre de enxaqueca, pode representar um gatilho para crises.


Má qualidade do sono pode agravar as crises de dor de cabeça, clique aqui



É muito comum em mulheres e o exato mecanismo pelo qual ocorre ainda não é bem esclarecido. Sabe-se que existe uma pré-disposição familiar. Pode acometer todas as idades, mas é mais comuns em adultos jovens. Alguns fatores podem piorar os sintomas, como o uso pílulas anticoncepcionais, estresse, ansiedade e alguns alimentos.

Acredita-se que a enxaqueca seja o resultado de uma variação brusca no calibre dos vasos do cérebro, inicialmente caracterizado por uma vasoconstricção, ou seja, um estreitamento dos vasos, seguida de uma vasodilatação, aumentando a circulação do sangue naquela área do cérebro chamado serotonina, mais ainda não se tem esclarecimentos profundos sobre o mecanismo.

“Alguns gatilhos podem ser eliminados, mas outros não, como é o caso das mudanças bruscas do clima. Mas existem tratamentos que podem deixar a pessoa mais resistente a esses agentes externos”, afirma a Dra. Thaís Villa, especialista em cefaleias e coordenadora da Clínica de Cefaleias do HCor Neuro.

Estima-se que 30 milhões de brasileiros enfrentem a enxaqueca regularmente. Cerca de 25% dos casos apresentam a enxaqueca com aura, sendo a mais comum a aura visual, descrita como luzes piscando, manchas brilhantes e visão borrada, podendo acontecer antes ou durante a cefaleia. Quando isso acontece, o risco de infarto e AVC é três vezes maior. “Se a pessoa for tabagista e usar contraceptivo oral, o risco dá um salto e torna-se nove vezes maior”, alerta a neurologista.



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Os sintomas são de dor intensa, latejante que pode se localizar tanto num só lado da cabeça, como nos dois. A pessoa se queixa de um aumento à sensibilidade da luz(fotofobia) e ao barulho. Muitas vezes os sintomas acompanham náuseas e vômitos. Algumas pessoas descrevem certos sinais que aparecem antes de apresentarem a dor de cabeça. Essa fase é chamada de aura e é caracterizada por distúrbios visuais, como linhas em zig-zag ou manchas também podem apresentar sinais de fraqueza e tontura precedendo os sintomas. Ou muitas vezes retornam periodicamente.

Segundo o neurologista Antônio Carlos Montanaro, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o diagnóstico da enxaqueca depende de uma consulta detalhada e explica: “essa consulta é muito importante para que o médico avalie a rotina do paciente para detectar possíveis causas”.
A partir da análise do profissional, é possível sugerir um tratamento adequado, que variam de uso de analgésicos durante as crises a mudança de pequenos hábitos na rotina do paciente. Enquanto a enxaqueca é apenas controlada, sem uma cura definitiva, outros tipos de dor de cabeça tem cura quando se trata sua origem. “É importante lembrar que a cefaleia pode estar mascarando uma patologia mais severa e, sempre que aparecer, o paciente deve procurar um médico para esclarecer o que está ocorrendo”, afirma o neurologista.


Combate às crises

Durante as crises, procure ficar num quarto escuro e calmo. Relaxe bem o seu corpo, começando da cabeça aos pés.

Nos casos agudos pode-se utilizar a ergotamina, acetaminofem ou ibuprofem. Essas drogas devem ser usadas logo no início da dor, prevenindo que a enxaqueca prossiga. É sempre importante consultar um neurologista para saber se você realmente tem enxaqueca, e assim administrar os medicamentos podem provocar efeitos colaterais ou mesmo piorar o problemas se a causa da dor de cabeça for outra.

O primeiro passo para combater a enxaqueca é identificar seus gatilhos. Embora alguns sejam mais frequentes, como estresse e jejum prolongado, eles podem variar muito de pessoa a pessoa, por isso a avaliação clínica precisa ser bem detalhada e individualizada. “Uma consulta sobre enxaqueca precisa ser longa e o paciente precisa ser ouvido com atenção em todas as suas queixas, pois o diagnóstico é clínico”, explica a Dra. Thaís.

O objetivo é eliminar o máximo de gatilhos possível e, ao mesmo tempo, tornar o cérebro mais resistente a eles, com um tratamento medicamentoso preventivo, utilizando neuromoduladores, betabloqueadores e até antidepressivos. “A doença é genética: não tem cura, mas tem controle”, afirma a neurologista.



Gatilhos frequentes

Como grande parte das crises de enxaqueca, ou seja, cerca de 80% delas, iniciam-se ou agravam-se por um aumento da tensão muscular em certas regiões, pois todos já ouviram alguém falar que teve um dia horrível no trabalho e entrou em crise, ou brigou com um familiar e teve uma crise, e assim por diante.

Os gatilhos da enxaqueca costumam variar, mas existem alguns que são frequentes. Veja a lista dos principais:

- Estresse;
- Barulho;
- Cheiro forte;
- Claridade;
- Atividade física praticada irregularmente;
- Mudanças climáticas
- Jejum prolongado;
- Mudança de rotina de sono;
- Álcool;
- Mudanças hormonais da menstruação.

A prevenção é um fator bastante importante, já que a enxaqueca tem a tendência de voltar várias vezes. Um conselho importante é em relação à alimentação. Sabemos que certos alimentos podem provocar a enxaqueca, tais como chocolate, queijo, amendoim, álcool, especialmente o vinho e os sais monoglutamato sódico, frequentemente usado em pratos orientais. Alguns fatores como estresse, poluição do ar, dormir demais, perfumes, certos medicamentos, como vasodilatadores, podem piorar ou desencadear a dor.

O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de analgésicos do mundo, com cerca de 500 milhões de dólares movimentados anualmente. Só perde para a China, com 1,3 bilhão de habitantes - uma população oito vezes maior que a nossa. Tomamos muito remédio porque demoramos em nos medicar. Simples, assim.



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