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29/07/2014
Contracepção além da pílula: conheça as vantagens e desvantagens do DIU

O advento da pílula anticoncepcional, que passou a ser comercializada na década de 1960, abriu um leque de possibilidades para as mulheres, permitindo que elas tivessem mais liberdade para se relacionar sexualmente e que tivessem o direito de engravidar quando e quantas vezes quisessem. Essa nova realidade provocou uma mudança profunda na sociedade e foi uma das grandes responsáveis pela entrada da mulher no mercado de trabalho.



Entretanto, a pílula não é o único método anticoncepcional à disposição. Existem muitos outros e tão eficazes como o Dispositivo Intrauterino, mais conhecido como DIU. “Seus índices de falha são menores do que os das pílulas anticoncepcionais, com apenas 0,1% de chance. Entretanto, não protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis, papel até hoje desempenhado pela camisinha”, afirma a ginecologista e obstetra Erica Mantelli, pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).

O que é?
DIU é a sigla de Dispositivo Intra-Uterino. É um pequeno objeto de plástico, revestido de cobre, colocado dentro do útero da mulher. O mais usado é com a forma de "T", que afeta os espermatozóides, diminuindo sua movimentação. Altera também o muco cervical, a cavidade uterina e a movimentação das trompas.

Números mundiais
- 84 milhões de mulheres são usuárias do DIU;
- Em 0,5% a 1% dos casos ocorre a gravidez.

Importante
O dispositivo só pode ser colocado por um médico. O melhor momento para introduzi-lo é durante a menstruação, quando o colo do útero está amolecido e dilatado. Depois da primeira semana da colocação, a mulher deve voltar ao especialista. De novo, depois de um mês. Após esses dois exames, o acompanhamento é feito de seis em seis meses.

Tipos
O mais utilizado em todo o mundo é o de íons de cobre, em formato de "T". Existe atualmente o DIU feito com o hormônio progesterona. A vantagem é que este reduz o volume de sangue durante a menstruação, pois atrofia o endométrio (revestimento do útero que provoca o sangramento mensal). Seu uso não está autorizado no Brasil.


O que acontece no útero com o DIU?
O muco cervical é alterado pelos íons de cobre liberados pelo DIU. O ambiente fica hostil ao espermatozoide, que fica com a movimentação limitada.
Os cílios presentes no interior das trompas de falópios – que levam o óvulo do ovário para o útero – invertem o sentido dos seus movimentos.
Os movimentos peristálticos – tipo de ondas naturais que acontecem para ajudar a chegada do óvulo ao ovário – também são alterados pelo cobre.


Sem o DIU
O muco cervical é, naturalmente, um ambiente excelente para permitir a movimentação do gameta masculino.
O movimento dos cílios permite que o óvulo, produzido no ovário, atravesse as trompas para se encontrar com o espermatozoide.
As trompas têm movimentos especiais, chamados peristálticos, que contribuem também para a chegada do gameta feminino no útero.

A mulher que pode usar
- quem tem vida sexual ativa;
- quem tem parceiro único, pois elimina em grande parte o risco de contrair infecção por relacionamentos com muito homens;
- quem já tenha filhos. Reduz a contração uterina e o risco de expulsar o dispositivo;
- quem está com a saúde perfeita. Principalmente, sem infecção.

A mulher que não deve usar
- grávidas ou mulheres que suspeitam estar grávidas;
- quem tem anormalidade no útero;
- quem tem menstruação muito abundante;
- quem já teve gravidez nas trompas;
- quem tem anemia;
- que tem câncer ginecológico.

Vantagens
• Não ter de se lembrar de tomar ou trocar o anticoncepcional;
• Não interfere nas relações sexuais;
• Pode ser removido quando a paciente desejar;
• É um método contraceptivo reversível;
• Pode ser inserido durante a amamentação;
• Pode ser indicado para mulheres que apresentam contraindicações ao uso de estrogênio.

Desvantagens
• Aumento no volume de sangramentos com o dispositivo de cobre;
• Dor e pequeno risco de perfuração uterina durante a colocação;
• Dores durante o período menstrual com o uso de DIU de cobre;
• sangramentos discretos e independentes do período menstrual com o uso de DIU de progesterona.



Veja mais sobre SAÚDE FEMININA em:

Saúde Feminina com Prof. Dr. Mauricio Simões Abrão







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