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17/06/2014
Verrugas: cirurgia nem sempre é a única solução


Quem tem verruga um dia já deve ter se questionado sobre a necessidade de encarar um procedimento cirúrgico para sua retirada. Por precaução em relação à saúde ou motivos estéticos, a dúvida é recorrente. Mas nem todos sabem que grande parte delas desaparecem espontaneamente, depois de algum tempo. É o que afirma a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco. A especialista fala ainda sobre as origens do incômodo e revela que as crianças e os adolescentes estão no grupo de risco.

Causadas pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), que penetra em pequenas fissuras da pele como machucados, arranhões e área de trauma (barba e depilação nas pernas, entre outras), as verrugas são lesões de pele de aspecto protuberante e superfície áspera. “Elas se apresentam com pontos mais escuros e podem aparecer isoladas ou agrupadas.” A forma e o tamanho podem variar de acordo com o tipo de vírus na infecção.

“Muitas vezes, nossa própria imunidade acaba por eliminá-las”, analisa a especialista. Em outros casos, a situação pode ser resolvida com o uso local de medicamentos específicos que removem as lesões. “É comum a intervenção com o uso de ácidos (cauterização química), aplicação de nitrogênio líquido ou eletrocauterização, realizadas por um dermatologista.” Há ainda situações em que são usados laser e cirurgia convencional.



O British Medical Journal (BMJ), renomado periódico cientifico britânico, publicou em 2012 os resultados do estudo realizado pelo governo australiano, que demonstrou uma redução de 90% das verrugas genitais em mulheres e em homens de até 21 anos que foram imunizados pelo Programa Nacional de Vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) naquele país. Além disso, durante os quatro anos de vacinação gratuita (2007 a 2011), verificou-se um acentuado declínio de novos casos do problema.

Em abril de 2007, a Austrália começou a vacinar mulheres com idade entre 12 e 26 anos com a vacina quadrivalente contra os genótipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. O estudo publicado analisou a proporção de novos pacientes atendidos no Centro de Saúde Sexual de Melbourne (Melbourne Sexual Health Centre), principal clínica pública de saúde sexual de Melbourne, que receberam o diagnóstico de verrugas genitais entre julho de 2004 e junho de 2011.

Nesse período observou-se um declínio de 90% e quase o desaparecimento de verrugas genitais em mulheres e em homens heterossexuais menores de 21 anos*. Os dados oferecem evidência da eficácia da inclusão da vacina no programa australiano de imunização, que tem cobertura populacional de 70%. Comparando os períodos de 12 meses de 2007-2008 e 2010-2011, a presença de verrugas genitais declinou nas mulheres com menos de 21 anos de idade de 18,6% para 1,9% e em homens heterossexuais com menos de 21 anos de idade de 22,9% para 2,9%. A mesma queda não foi notada na população acima de 29 anos, não contemplada pelo programa de vacinação gratuita. No período do estudo, a taxa de reprodução do HPV tipos 6 e 11, responsável pelas verrugas genitais, foi menor que um.

Em relação ao grupo mais suscetível, a dermatologista Márcia Grieco, alerta para crianças e adolescentes que tenham o hábito de roer unhas ou tirar peles ao redor das cutículas e pessoas com imunidade comprometida. A contaminação ocorre por contato direto com pessoas e objetos infectados. “Logo, a importância de materiais descartáveis ou esterilizados em autoclave na hora da manicure, por exemplo.”, reforça a doutora.








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