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09/06/2014 Incontinência urinária afeta um em cada três atletas! Uma das frases mais históricas em Copa do Mundo é “Eu me Mijei”, dita por Julio Pérez, jogador da seleção do Uruguai durante a final da Copa do Mundo de 1950, enfrentando a seleção brasileira no estádio do Maracanã lotado. De acordo com o jogador, durante o hino nacional uruguaio, ele perdeu o controle da urina, situação percebida pelos colegas mais próximos. "A urina escorria pelas minhas pernas, molhando o calção", disse. O que é incontinência urinária? A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. A incontinência pode ocorrer durante a realização de movimentos simples como tossir, espirrar ou abaixar para apanhar algo, ou associada à síndrome da bexiga hiperativa (vontade excessiva e urgente de urinar), o que limita muito a rotina diária das pessoas. “A incontinência urinária é capaz de provocar um isolamento social, pois o indivíduo fica o tempo todo preocupado com esta incapacidade de reter a urina e com medo de que uma situação desagradável aconteça a qualquer momento”, explica o Dr. José Carlos Truzzi, Doutor em Urologia pela Universidade Federal de São Paulo. "São pessoas com péssima qualidade de vida; sentem-se inseguras mediante a possibilidade da incontinência urinária". A incontinência urinária revelada pelo jogador durante a final da Copa em 1950 é uma condição comum também no esporte, principalmente entre as mulheres. Estudos recentes mostram números expressivos sobre esta realidade: em Portugal, pesquisa realizada com 233 atletas da Universidade do Porto mostrou que 29% delas apresentam incontinência urinária. Já na França, no Laboratory of Functional Exploration of the Nervous System, estudo semelhante com atletas colegiais demonstrou que, entre as esportistas, 28% apresentavam algum grau de perda de urina, contra 9,8% do grupo controle. "Algumas atividades físicas podem sobrecarregar o assoalho pélvico - grupo de músculos que sustenta a parte baixa do abdômen – aumentando o risco de incontinência urinária e também de prolapso genital – queda da parede da vagina causada pelo deslocamento dos órgãos pélvicos", explica a ginecologista e especialista em incontinência urinária e prolapso genital, Andreia Mariane de Deus, do Hospital Evangélico de Sorocaba (SP). De acordo com a especialista, muitos atletas se acostumam com a perda da urina e o desconforto na região genital, sem procurar ajuda. "Não é normal mesmo em estágio leve, pois a incontinência urinária e o prolapso genital estão associados à perda considerável de qualidade de vida, piora na autoestima e levar inclusive à depressão. Muitas pessoas param de se exercitar em consequência do problema", explica Andreia. "É preciso estar atento aos sintomas e consultar um médico. Já existem técnicas bem avançadas para tratar as duas doenças", afirma. Qualquer pessoa pode estar sujeita à incontinência e, algumas doenças, causam o desencadeamento da mesma, por um período Em entrevista, o apresentador Silvio Santos relatou um problema comum que afeta homens que tiveram câncer de próstata: a incontinência urinária. Em julho, o apresentador retirou um tumor da glândula e, como consequência, hoje utiliza uma cueca especial para resolver a perda involuntária de urina. Neste mês, outro fato surpreendeu os telespectadores: o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, perdeu o controle da urina durante um evento de sua campanha de reeleição à presidência. Em discurso, Juan explicou que a incontinência urinária foi consequência de operação para retirar um câncer de próstata há um ano e meio. De acordo o urologista e responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital AC Camargo Cancer Center e da Clínica Uro Care, em São Paulo, Carlos Sacomani, a perda de urina após retirada da próstata pode ocorrer até um ano depois da cirurgia e cerca de 5% a 10% dos pacientes vão continuar com a condição, mas se o problema persistir depois de 12 meses, o paciente deve procurar ajuda médica. "A cirurgia para retirada da próstata após câncer pode afetar o funcionamento do esfíncter. Este músculo em formato de anel controla o ato de urinar e, por ser muito próximo da glândula, pode ser prejudicado após o procedimento", explica. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que a maioria são mulheres. Nos homens, cerca de 5 a 10% que retiraram totalmente a glândula vão apresentar o condição de forma crônica. "Sem tratamento disponível, isso significa conviver o resto da vida usando fraldas, com enormes consequências para qualidade de vida e autoestima", afirma o urologista. Já o prolapso genital - doença que causa a queda da parede vaginal, devido ao enfraquecimento dos músculos da região e ao deslocamento de órgão pélvicos - é mais comum do que se imagina: cerca de 20% das mulheres com mais de 40 anos vão ter algum grau de prolapso genital na vida. Tratamentos: prolapso e incontinência urinaria De acordo com a ginecologista, exercícios e fisioterapia, geralmente recomendados para tratamento da incontinência urinária e também do prolapso genital leve podem não ser tão eficazes em esportistas. “No caso da incontinência urinária de esforço, a aplicação de malhas e “sling” cirúrgico apresentam uma eficácia superior a 90%. Graças aos avanços da última década, estes tipos de cirurgias podem, em certos casos, ser feitas sob anestesia local e em regime de ambulatório. Para o prolapso genital, as telas para recuperação do assoalho pélvico representam um dos melhores tratamentos nos casos de prolapso genital grave”, explica a médica. Para a especialista, a boa notícia é que os procedimentos estão cada vez menos invasivos. "Já temos tecnologias no Brasil com apenas uma micro incisão, restaurando a anatomia do corpo e melhorando a vida tanto para a incontinência urinária quanto para prolapso genital", explica a médica. Sobre o Prolapso Genital Desconforto durante a relação sexual, sensação de que há uma saliência na vagina e perda involuntária de urina são alguns dos sintomas do prolapso genital, condição que pode atingir duas em cada dez mulheres a partir dos 40 anos, principalmente após a menopausa. Popularmente conhecido como "bexiga caída", o prolapso genital é caracterizado pela queda da parede da vagina, consequência do enfraquecimento do músculo da região pélvica, causando o deslocamento de órgãos como útero, ovários, tubas uterinas, além da bexiga, reto e uretra. O diagnóstico do prolapso é clínico e a doença pode ser causada por múltiplos partos normais e gestações, alterações hormonais, diabetes, obesidade e algumas doenças musculares, neurológicos e genéticas. Sobre a Incontinência Urinária Feminina Os sintomas de perda urinária podem ter origem no descontrole da capacidade da bexiga em armazenar urina (síndrome da bexiga hiperativa) e na disfunção do mecanismo de continência, que se torna incapaz de conter a perda sob situações que elevem a pressão intra-abdominal (incontinência urinária de esforço – I.U.E). O tipo mais comum nas mulheres é a Incontinência Urinária de Esforço (I.U.E.). Caracterizada pela perda de urina ao rir, tossir ou em qualquer movimento mais forte, pode ser causada por alterações na musculatura pélvica, mudanças hormonais após a menopausa ou múltiplos partos. As consequências para qualidade de vida são inúmeras. De acordo com um estudo publicado em fevereiro pela Universidade Federal de São Paulo, 53% das mulheres com incontinência urinária apresentam disfunção sexual e 44% perdem urina durante a relação. Durante a menopausa, estudos indicam que 30 a 40% das mulheres podem ter perda de urina involuntária. Na síndrome da bexiga hiperativa, a disfunção vesical gera sintomas de urgência e frequência miccional aumentada nos períodos diurno e/ou noturno, associados ou não, às perdas de urina. Esta síndrome já acomete 19% da população brasileira1 e, embora mais comum em adultos e idosos, também atinge jovens e crianças, de ambos os sexos. Na incontinência urinária de esforço, as queixas de perda se relacionam exclusivamente aos esforços físicos como tossir, espirrar, carregar peso, levantar-se, entre outros. Embora seja um quadro muito mais comum em mulheres, também pode acometer homens, sobretudo após cirurgias prostáticas e crianças com problemas neurológicos. Entenda as diferenças entre as doenças
Mitos e Verdades 1. A incontinência urinária é exclusiva de idosos: mito 2. A incontinência urinária não é frequente: mito 3. A incontinência urinária é mais comum nas mulheres: verdade 4. A incontinência urinária pode causar depressão: verdade 5. A incontinência urinária não tem tratamento: mito 6. O procedimento para tratamento de incontinência urinária é complicado: mito 7. O tratamento cura a incontinência urinária: verdade Tratamento para a Incontinência Urinária
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