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26/05/2014
Controle do consumo calórico sem prejudicar o funcionamento do intestino. Veja aqui!

Especialista revela o que há de mais inovador nas pesquisas relacionadas ao tema e dá dicas para manter a saúde em dia


Quinua, farinha de feijão branco, linhaça, aveia, granola e até lactobacilos vivos. Quem sofre com o intestino preso, de uma forma ou de outra, certamente já ouviu falar destes alimentos. O problema atormenta de 15% a 20% da população brasileira e pode causar até mesmo o câncer. O intestino preso é a diminuição da frequência das evacuações, pois as fezes estão ressecadas e endurecidas, difíceis de serem eliminadas, por isso ficam presas no intestino.

É comum o paciente com intestino preso ficar uma semana sem evacuar, sendo que o normal seria a cada 24 a 48 horas. O médico coloproctologista João Gomes Netinho, professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) e especialista em doenças do aparelho digestivo, cólon, reto e ânus explica que o processo de evacuação representa a ação contínua de atos voluntários e involuntários coordenados, estabelecendo-se um arco reflexo. Quando as fezes chegam ao reto este envia uma mensagem ao cérebro avisando que é hora de evacuar. Então se o momento e local forem adequados o mecanismo entra em ação. Os músculos do esfíncter anal desempenham papel importante neste processo. Um deles é involuntário e dá o alerta para o organismo de que chegou a hora de ir ao banheiro. O outro pode ser controlado e na grande maioria das vezes, o paciente o ignora por vários motivos, como falta de tempo, hora e local inadequado e até mesmo preguiça. “Depois de algum tempo o nosso corpo compreende que o sinal está sendo ignorado e o suprime. Além disso, se as fezes ficam muito tempo retidas no intestino, elas perdem água e endurecem, o que dificulta o alerta para evacuar”, diz.


A constipação intestinal, popularmente chamada de prisão de ventre, é uma condição na qual há evacuação insatisfatória, explica a dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari, médica geriatra formada pela Universidade Federal de São Saulo, responsável pelo Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma. Em geral, é caracterizada por frequência de evacuação menor do que três vezes por semana.

“Se esta situação durar alguns meses - alguns pesquisadores definem como no mínimo seis meses -, é considerada crônica”, explica.

Na maioria das vezes é considerada idiopática, ou seja, sem causa evidente.



“A constipação intestinal, principalmente quando crônica, é um problema extremamente comum, considerada um problema de saúde pública, especialmente em alguns grupos específicos. O problema afeta bebês, crianças, adultos e idosos, mas é três vezes mais frequente em mulheres do que em homens, e cinco vezes mais frequente em idosos do que em adultos jovens. Também em crianças, representa 3% das consultas a pediatras e 25 % de consultas a gastroenterologistas pediátricos”, alerta a dra. Rita.

Embora não haja dados atualizados sobre o problema no Brasil, sabe-se que nos Estados Unidos a constipação crônica é responsável por 2,7 milhões de visitas ao consultório médico, a um custo anual de US$ 8 bilhões. As taxas de prevalência da constipação crônica variam de 14% a 38% da população em geral, sendo maior na população infantil e em idosos.


Exercícios físicos também podem colaborar. “A ingestão de fibras alimentares recomendada é de aproximadamente 20 a 35 gramas por dia. Cada pessoa também deve beber pelo menos dois litros de água diariamente. Isso deve se tornar um hábito”, diz Dr. Netinho.

Outro problema de saúde pública é a obesidade e o sobrepeso. Dados demonstram que em alguns países, aproximadamente 70% dos adultos e 32% das crianças e adolescentes possuem sobrepeso ou obesidade. São dados alarmantes, por isso a obesidade e sobrepeso são hoje considerados problemas de saúde pública, necessitando cada vez mais de medidas terapêuticas para prevenção.

Trânsito intestinal e perda de peso

A alimentação pode favorecer ou prejudicar o trânsito intestinal. Por isso, devemos ficar sempre atentos e seguir algumas recomendações importantes.
Pacientes com constipação devem aumentar a ingestão de fibras e de líquidos. Vale lembrar que as fibras estão contidas nos vegetais, de preferência crus, legumes, frutas com casca, grãos de trigo, aveia, milho e produtos integrais.

“Uma dieta rica em fibras estimula a evacuação por formar um bolo fecal mais volumoso. A recomendação diária é de 25 a 30g de fibras para adultos saudáveis, e para crianças mais 5 gramas por dia”, orienta a dra. Rita.

Segundo ela, a ingestão de líquidos auxilia por hidratar o bolo fecal, tornando-o mais fácil de ser expulso por estar amolecido. Para isso, o ideal é que se ingira pelo menos 1,5 litro de água por dia.

Exercícios físicos também beneficiam pacientes com constipação crônica Além de evitar o ganho de peso, a atividade física estimula os movimentos peristálticos do intestino.

A constipação propriamente dita pode ser um sintoma inicial de doenças graves, como o câncer do intestino, que é no Brasil o quinto câncer mais frequente entre os homens e o quarto entre as mulheres.

“Para prevenir, o ideal é que um médico seja procurado, especialmente os adultos com mais de 50 anos, ainda mais se houver perda de peso sem motivo, anemia ou sangue oculto ou visível nas fezes”, alerta a dra. Rita.

Há casos, no entanto, que as mudanças na alimentação ou nos hábitos de vida não surtem os efeitos necessários tanto para resolver a constipação como para controle de peso.

Para constipação, por exemplo, há medicamentos indicados, mas que geralmente podem ser usados apenas por um curto período de tempo, porque irritam o trato gastrointestinal ou causam dependência.

“Grande parte dos laxativos deve ser usada apenas para constipação aguda e não em casos de constipação crônica, e sempre sob a orientação médica.
Há, no entanto, um produto já disponível no Brasil, composto por duas substâncias, lactitol e polidextrose, que está indicado para os casos de constipação crônica, podendo ser utilizado em crianças e idosos, que são grupos muito afetados por esta condição e também mais sujeitos aos efeitos adversos de outros tipos de laxativos”, orienta.



“O lactitol nada mais é do que um derivado da lactose, considerado um adoçante dietético. É eficaz em casos de constipação crônica, não sendo absorvível e, portanto, seguro para crianças, adultos e idosos; e a polidextrose é uma fibra prebiótica que tem a grande vantagem de reduzir o consumo calórico, reduzindo a saciedade.”

Se ingerido uma hora e meia antes da refeição, reduz a ingesta calórica significantemente. A opção é bem atrativa para pacientes que queiram controlar o ganho de peso e também para o funcionamento normal do trânsito intestinal, com grande aceitação no mercado.



Veja mais sobre APARELHO DIGESTIVO E SAÚDE em nossas colunas de:

1) Aparelho Digestivo e Saúde com Dr. Sidney Klajner





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