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14/11/2013
Brasil já é o quarto país em número de casos de Diabetes!

Enfermidade, que mata mais do que a AIDS e o trânsito no Brasil,totaliza mais de 100 mil mortes direta ou indiretamente


Hoje, dia 14 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Diabetes, doença metabólica que causa o aumento da taxa glicêmica no sangue e traz consequências como cegueira, infarto, derrame e lesões nos pés. O diabetes é uma enfermidade que atualmente tem avançado não só entre adultos, mas em crianças e adolescentes também.

Dados do Ministério da Saúde, (clique aqui) revelam que aproximadamente 5,8% da população brasileira a partir dos 18 anos têm diabetes tipo 2, o que equivale a 7,6 milhões de pessoas. Já segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2000 o Brasil tinha 2,6 milhões de diabéticos, e a previsão é de que em 2030 esse número ultrapasse os 11 milhões. Além disso, o País é o quarto em número absoluto, segundo a Federação Internacional de Diabetes.

Maus hábitos, como a falta de exercícios e a má alimentação, são os fatores para os altos indicadores da doença atualmente. “O aumento de casos de diabetes tipo 2 vem ocorrendo em razão da epidemia de sedentarismo, da obesidade e de maus hábitos de consumo alimentar”, explica a professora Terezinha Dalossi Gennari, coordenadora da graduação de Enfermagem do Complexo Educacional FMU.


Controle da doença pede disciplina

Segundo o IDF (International Diabetes Federation) a doença está entre as primeiras causas de cegueira, amputações de membros inferiores e doenças cardiovasculares. Apesar de todos os alertas de que o diabetes já é uma epidemia global, infelizmente muitos pacientes ainda não levam a doença tão a sério quanto deveriam. No Brasil as estimativas são que 76% dos pacientes não atingem os valores ideais de controle da glicemia, de acordo com estudos.

De acordo com Dr. Walter Minicucci, endocrinologista da Unicamp, o tratamento do diabetes tem três pilares: alimentação equilibrada, atividades físicas regulares e a adesão à terapia medicamentosa. O comprometimento com o tratamento é o primeiro passo para conviver bem com a doença. Pacientes que seguem corretamente a orientação médica têm maiores chances de manter seus níveis glicêmicos controlados, prevenindo o aparecimento de complicações microvasculares, responsáveis por alterações tais como retinopatia diabética, insuficiência renal e alterações neurológicas.

Muitas vezes as pessoas com diabetes do tipo 2 não se preocupam tanto com a doença quando são diagnosticadas, pois no início, geralmente, ela apresenta poucos sintomas, embora já possam existir complicações. No caso do tipo 1, de surgimento mais frequente na infância ou adolescência, desde o diagnóstico o paciente entende a importância da disciplina na aplicação de insulina, que é feita várias vezes ao dia. A falta de insulina em níveis adequados tem consequências imediatas no bem-estar do diabético tipo 1, ocasionando aumentos das taxas de glicose que podem levar ao coma. Ainda assim, muitos pacientes têm dificuldades para atingir suas metas glicêmicas, para esses, a bomba de insulina é um método de aplicação que pode ser muito eficaz.

“O aparelho faz a liberação contínua de insulina e permite programar “quantidades extras” antes de cada refeição. Com uma conta simples o paciente calcula a quantidade de carboidratos que irá ingerir e a bomba sugere a quantidade de insulina para manter o controle da glicose no sangue. Essa tecnologia permite mais liberdade para o paciente. Mas não é apenas o diabetes tipo 1 que exige a insulinização. Quando o diabetes tipo 2 está totalmente fora de controle, com níveis muito altos de glicemia e as drogas orais já não são suficientes para o controle da doença, o médico geralmente indica o tratamento com a aplicação de insulina”, explica Dr. Walter.

Dentre os tipos de diabetes, apenas o tipo 2 pode ser prevenido. Porém, não há motivo para pânico, seja qual for o tipo da doença, o importante é o paciente procurar ajuda profissional e seguir as recomendações médicas, e isso não significa ter uma vida privada de prazer, bastam o equilíbrio na alimentação, a prática regular de exercícios e a adesão correta ao uso do medicamento e tratamentos disponíveis para levar uma vida boa, produtiva e livre de complicações.


Hemocentro de Ribeirão Preto desenvolve estudos que podem revolucionar tratamento do diabetes tipo 1

A reumatologista Maria Carolina de Oliveira Rodrigues discorreu a respeito de dois estudos clínicos do Hemocentro de Ribeirão Preto (HRP), em conjunto com o Hospital das Clínicas de RP (HCRP) onde ambos podem trazer novos rumos para o tratamento do diabetes tipo 1.

A primeira pesquisa, com células tronco hematopoiéticas, foi iniciado em 2004 e contou com 25 pacientes transplantados. “Deste total, 21 doentes puderam se manter por um período sem a necessidade do uso de insulina. Posteriormente, voltaram a utilizar o medicamento, mas em doses menores do que as originais. Neste grupo, três permanecem até hoje sem as doses de insulina, o que representa um grande avanço”, conta Carolina.

Em relação aos testes com células mesenquimais, foram iniciados em 2008 e contaram com oito pacientes tratados, sendo quatro adultos e quatro crianças. Dois dos adultos tiveram melhora no diabetes com posterior utilização sustentada de insulina. “Uma das pacientes engravidou e pôde ter uma gravidez sem piora da doença, o que nós acreditamos ser um caso de sucesso. Vamos esperar seis meses de segmento para fazer novas análises”.

Os dois estudos, atualmente em fase 1-2 de segurança e eficácia, foram iniciados pelo professor Júlio César Voltarelli, reumatologista consagrado no Brasil e no mundo, falecido em março deste ano.



Células mesenquimais no combate a inflamações -
As células mesenquimais são encontradas em diversos tecidos do corpo humano. Elas podem ser isoladas e multiplicadas em laboratório e possuem propriedades imunomoduladoras, ou seja, conseguem combater ou controlar inflamações em andamento no corpo humano.
Como o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune inflamatória, que ocasiona a destruição das células produtoras de insulina (células beta) do pâncreas, as injeções de células mesenquimais poderiam ajudar a controlar essa agressão. É possível que, ao longo do tempo, essas células possam contribuir para a regeneração pancreática, repondo células já destruídas.



Diabetes e Exercícios

Exercitar-se é praticamente uma prescrição médica para quem tem diabete, basta ser com liberação médica e orientação adequada. Não à toa: a atividade física diminui a resistência à insulina e ajuda a empurrar a glicose para dentro das células - o que é vital nessa doença. Acredita-se que os diabéticos tipo 2, que não dependem de insulina, podem até controlar o problema sem remédios se botarem o corpo em movimento rotineiramente. Para aqueles que sofrem do tipo 1, as dose do hormônio chega a cair pela metade com a ajuda da malhação.

O maior mérito dos exercícios é interferir nas reações químicas que liberam Glut4, molécula responsável por mandar o açúcar para dentro da célula. O mecanismo é tão eficiente que quem sofre do tipo 1 deve ficar de olho no medidor de glicose para não correr o risco de uma hipoglicemia. Mas vale lembrar que antes de partir para os treinos deve-se conversar com o médico sobre a melhor estratégia para cada caso.


Confira algumas dicas para evitar sobressaltos durante os exercícios:

• Controle a glicemia antes, durante e após o treino.
• Carboidratos ajudam a repor a glicose quando está muito baixa. Leve sempre barras de cereais, balas ou bebidas doces.
• Evite exercitar-se sozinho.
• Fuja dos horários de pico de insulin






Veja mais sobre SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA em nossas colunas de:

1) Cardiologia do Esporte com Dr. Nabil Ghorayeb

2) Em forma com Pilates com Profa. Danielle Rotondo

3) Dicas de Atividade Física, com José Carlos Altieri

4) Corrida, com Emerson Vilela

5) Qualidade de Vida, com Profa. Priscilla de Arruda Camargo

6) Cuide da Saúde com Exercícios, com Prof. Dr. Marco Uchida

7) Ortopedia e Saúde com Dr. Roberto Ranzini

8) Saúde Feminina com Prof. Dr. Mauricio Simões Abrão

9) Neurologia e Saúde com Prof. Dr. Paulo Caramelli

10) A Gestante na Sua Melhor Forma, com Profa. Ms. Gizele Monteiro

11) Atividade Física e Musculação com Prof. Amauri Altieri

12) Aparelho Digestivo e Saúde com Dr. Sidney Klajner





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