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05/09/2013
Otimismo faz bem prá saúde!

Muito certo estava o rei Roberto Carlos ao cantar: “O importante é que emoções eu vivi.” Depois de décadas apostando que a tecnologia era a chave para a cura de males do corpo, a ciência pisa no freio e começa a comprovar que as emoções e os sentimentos estão diretamente ligados à saúde. Nos Estados Unidos, berço de algumas das mais importantes pesquisas médicas, a comunidade científica está convencida de que o estado de espírito conta pontos valiosos para o tratamento de pacientes. Hoje os médicos respeitam a relação entre o emocional e o físico.



Com a aproximação da reta final do ano, é comum pararmos para avaliar o que aconteceu e está acontecendo e começar a se programar para colocar em prática tudo o que ficou para trás. Muita gente aproveita esse período para se engajar em novos projetos ou ainda para mudar alguns hábitos, praticar atividades físicas, se cuidar mais etc. Estudos comprovam que o otimismo nessas horas é fundamental. O pensamento positivo, além de ser estimulante, também ajuda as pessoas a serem mais saudáveis.

Estudo realizado pelas Universidades de Kentucky e Louisville, nos Estados Unidos, analisou as expectativas de estudantes de Direito em relação ao futuro e concluíram que pessoas que são otimistas em relação à saúde em geral, respondem melhor aos tratamentos médicos. Pacientes de transplante cardíaco, por exemplo, se recuperaram melhor da cirurgia. A conclusão da pesquisa é de que o otimismo associado a um objetivo específico é importante na vida de uma pessoa e pode ajudá-la a aumentar sua imunidade contra algumas infecções.

Já outro estudo conduzido pela Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, destaca que olhar a vida sempre com bons olhos promove mais do que bem-estar mental, também ajuda a cuidar do corpo. Durante oito anos, pesquisadores da universidade acompanharam o dia-a-dia de quase 100 mil mulheres. As mais esperançosas apresentam um risco 9% menor de desenvolver problemas cardíacos e 14% menos probabilidade de morrer devido a qualquer outra doença sem ser do coração. Segundo a pesquisa, quem pensa positivo, se alimenta melhor e se exercita mais, tem menor tendência a desenvolver depressão, estresse e pressão alta.

Otimismo na Melhor Idade

Algumas pesquisas feitas com idosos reforçam o coro. Uma delas mostra que a esperança é fundamental para se ter uma vida mais longa. Esta pesquisa americana apresentou um estudo realizado demonstrou que o as pessoas que tem pensamento positivo desde cedo são menos acometidas pelo mal de Alzheimer e também vivem mais. A teoria dos pesquisadores é de que sentimentos negativos como tristeza, ansiedade e ódio têm efeito cumulativo no organismo, podendo causar, com o passar dos anos, problemas sérios de saúde. Os pesquisadores afirmam que pessoas que têm emoções negativas muitas vezes ao dia estão prejudicando a si mesmas e entrando para o time dos mais propensos a problema no coração. Outra pesquisa americana vai levar muitas pessoas de idade mais avançada a repensar seu modo de vida. Foram entrevistados 800 idosos para saber quantos tinham esperança em relação ao futuro. Anos depois, verificou-se que 29% dos desesperançados tinham morrido, enquanto apenas 11% dos que afirmaram ter esperança morreram. Porém, os médicos também sabem que é impossível simplesmente receitar otimismo e felicidade para as pessoas no fim da vida. Para alguns, o sentimento pode ser natural. Para quem não é assim, ter consciência de que a esperança é algo que faz diferença na saúde já é um bom começo!

Mas não é só para aumentar a longevidade que as emoções funcionam como ingrediente especial. Há relação entre expectativa positiva e resultados bem-sucedidos de tratamentos de doenças graves. Para os pesquisadores o otimismo é fundamental para driblar os males do corpo. Tem-se constatado que ter pensamento positivo e acreditar na cura está relacionado com recuperação mais rápida, menos necessidade de remédio para dor após cirurgias, menos febre, melhor recuperação do peso e volta mais rápida ao trabalho.


Os exercícios podem auxiliar no otimismo

O sedentarismo leva as pessoas aos consultórios médicos, em busca de tratamento químico para remediar e curar, através de uma química artificial, aquilo que poderia ser produzido de forma saudável, pela química da vida, ou seja, uma fabricação de hormônios saudáveis, específicos, que trazem alegria, entusiasmo, otimismo, bom humor e até felicidade. Todo nosso organismo é químico, mas é necessário ativá-lo.

Esse milagre desenvolvido durante as atividades físicas, fornece prazer, êxtase e combatividade, eliminando inclusive as dores através das betas endorfinas - a morfina produzida pelo organismo. Portanto, devemos tomar muito cuidado para não ultrapassarmos os limites, porque poderemos lesionar músculos, tendões e articulações, correndo inclusive riscos de acidentes vasculares. Mas o movimento, realizado com critério, fornece a dose correta de motivação, para afastar a depressão, equilibrando o organismo.

Sugestões para cuidar melhor do corpo e da mente não faltam. Quem pode frequentar uma academia conta com o apoio de professores especializados para dar todo o apoio na hora de se exercitar. Mas caso não seja possível, caminhar ou correr, conforme o estágio cardiovascular de cada um e após uma liberação médica e uma avaliação física, é importantíssimo para as pessoas atingirem um elevado nível mental e espiritual.


Quando e Onde o Otimismo (em excesso) não é tão Benéfico?

O consultor em Gestão de Pessoas com foco na Neurociência Comportamental, Eduardo Ferraz, explica que muitos profissionais se julgam mais competentes que realmente o são, diminuindo assim a preocupação com a constante atualização profissional.

“O fato é que muitos profissionais deixam de se aprimorar em suas carreiras, por terem uma autoavaliação distorcida”, reafirma o consultor. Essa dificuldade em encarar a realidade de maneira mais coerente foi estudada pelo psicólogo Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002. Sua tese, baseada em análises sobre como as pessoas tomam decisões, concluiu que as falhas e distorções nos processos decisórios são regra, não exceção, e que todos têm uma clara tendência, ou “viés”, de se achar mais qualificado do que realmente é.

O consultor alerta: “esperar que o melhor aconteça em sua carreira, sem o devido esforço, é mera ilusão. Ninguém é promovido ou recebe uma proposta de trabalho maravilhosa apenas por sorte. Pensamentos positivos são importantes, mas ter atitudes realistas é essencial”. Segundo Eduardo Ferraz, a Neurociência Comportamental aponta que a maioria das pessoas se julga mais honestas, capazes, inteligentes, educadas e justas que as demais. “O ser humano é condicionado, instintivamente, a buscar o caminho mais fácil e toma decisões baseadas no prazer imediato. Por isso tantas pessoas se endividam, cuidam pouco da saúde e deixam a carreira seguir por inércia”, conclui Ferraz.


O que fazer com tanto otimismo e pouca qualificação?

Se ter um otimismo exacerbado é ruim para o profissional, para as empresas pode ser encarado como a pior das características. “Baixo autoconhecimento e uma auto-percepção irrealista custam muito caro. Por se julgarem mais competentes do que realmente são, muitos profissionais esperam por uma promoção, oportunidade de trabalho ou aumento de salário que não acontecem, gerando sentimentos de angústia, raiva e insatisfação”, diz o consultor.

Eduardo é enfático: “investir no autoconhecimento e ter uma análise clara de seus reais talentos faz uma enorme diferença. Aprimorar continuamente seus pontos fortes deveria ser a maior prioridade na vida de quem quer evoluir profissionalmente”. Acreditar que coisas boas vão acontecer na carreira é apenas uma pequena parte do caminho, que tende a levar o profissional a lutar para estar sempre à frente de outros candidatos. “Se você estuda, faz cursos de qualificação, aprimora seus talentos e é reconhecido por isso, seu otimismo na verdade é puro bom senso”, finaliza Eduardo.




Veja mais sobre SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA em nossas colunas de:

1) Cardiologia do Esporte com Dr. Nabil Ghorayeb

2) Em forma com Pilates com Profa. Danielle Rotondo

3) Dicas de Atividade Física, com José Carlos Altieri

4) Corrida, com Emerson Vilela

5) Qualidade de Vida, com Profa. Priscilla de Arruda Camargo

6) Cuide da Saúde com Exercícios, com Prof. Dr. Marco Uchida

7) Saúde Feminina com Prof. Dr. Mauricio Simões Abrão

8) Neurologia e Saúde com Prof. Dr. Paulo Caramelli

9) A Gestante na Sua Melhor Forma, com Profa. Ms. Gizele Monteiro

10) Atividade Física e Musculação com Prof. Amauri Altieri

11) Aparelho Digestivo e Saúde com Dr. Sidney Klajner





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