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24/07/2013
Livre-se da Candidíase!

Cada vez mais os homens estão se preocupando com o padrão de beleza que as mulheres precisam “seguir”: seios fartos, corpo magro, cabelos lisos e um bumbum arrebitado. Mas eles dão pouca importância a um aspecto essencial para a felicidade do casal: a saúde intima. “Basta um descuido para a mulher apresentar uma irritação, ardência e infecção na vagina, refletindo na vida sexual dos dois”, diz à psicóloga, sexóloga e coordenadora do Projeto Ambsex, Carla Cecarello.



O órgão sexual feminino tem dois canais: o da vagina, parte do aparelho reprodutor, e o da uretra, por onde a mulher urina. Estes canais são pequenos e fáceis de infeccionar, por isto, é muito importante mantê-los higienizados e desobstruídos para preservar a saúde íntima da mulher. “Recomendo sempre que as mulheres durmam sem calcinha, pois a vagina é um local úmido que precisa de ventilação. No dia a dia, com o uso de calças jeans e roupas sintéticas, não circula ventilação e a vagina fica abafada, facilitando a proliferação de bactérias e fungos”, explica a sexóloga. “A maioria dos homens acha que quando a mulher está indo se deitar sem calcinha é porque quer sexo. Pode até ser. Mas essa atitude também é questão de saúde”, acrescenta.

Os lactobacilos fazem parte da flora vaginal e são responsáveis por manter o meio ácido, o que impede o crescimento de bactérias que causam doença. A candida sobrevive em ambiente ácido, quente e úmido, sendo a vagina um local propício a sua multiplicação. O controle de seu crescimento depende da presença de outros microrganismos da flora vaginal normal. Quando há desequilíbrio desta flora aparece a infecção.

O estresse emocional, o uso de anticoncepcionais, corticoides e antibióticos favorecem o crescimento da cândida, surgindo a infecção. O mesmo ocorre com o aumento do calor e da umidade na vagina com o uso de roupas sintéticas, apertadas ou molhadas; e quando há aumento da acidez, como na gestação ou na elevação da concentração de glicose no canal vaginal, com dietas ricas em açúcar ou no diabetes.

Não ficar com biquíni molhado, evitar calcinhas apertadas, usar roupas leves, como saias e vestidos, evitar banhos muito quentes, alimentar-se bem e usar sabonetes neutros para higiene íntima, também são dicas importantes para as mulheres. Essas recomendações servem para evitar a candidíase vaginal – um fungo que se prolifera com o excesso de umidade e abafamento do local – e constitui na causa mais frequente de infecção nos genitais, atingindo 75% da população feminina. “Ela provoca ardor, coceiras, dor durante a relação sexual e a eliminação do corrimento vaginal. A mulher se sente muito incomodada acarretando em muitos casos na diminuição da vontade de ter relações sexuais”, explica a especialista.

Carla Cecarello lembra que sempre depois de uma relação sexual a mulher precisa fazer xixi, pois o canal da uretra pode ficar obstruído (entupido) com as secreções da lubrificação da própria mulher ou de seu parceiro. Ela indo ao banheiro desobstrui o canal e corre menos risco de pegar infecções urinárias. “Muitas mulheres, após o sexo entram no banho ou apenas utilizam lenços umedecidos para higienizar a região, mas esquecem de urinar. Assim, o canal da uretra pode obstruir e o ardor e a dificuldade para urinar começam a incomodar”, informa a sexóloga.

Dr. José Bento, ginecologista e obstetra pós-graduado pela Universidade de São Paulo (USP), ressalta a importância de contar para o parceiro quando sentir os sintomas, pois os dois precisam ser medicados. “Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual e ambos precisam ser cuidados para isto não se propagar”, sustenta o médico.

As grávidas são bastante propensas a esse tipo de infecção, bem como as mulheres na fase antes do período menstrual e as diabéticas que estão com a doença descompensada. Além disso, outro fator que interfere no surgimento da candidíase é o uso de alguns tipos de medicamentos como antibióticos e corticoides, pois eles podem alterar a flora vaginal e os sistemas de defesa do organismo. Pacientes com deficiência do sistema imunológico, como os portadores de HIV, também são bastante sensíveis a essas infecções por não conseguirem combater esses germes naturalmente. “O sistema imunológico é um dos principais responsáveis por manter o desenvolvimento da candidíase vaginal sob controle. Por isso, seguir uma boa alimentação e estar com a saúde em dia é muito importante para prevenção da doença”, reforça o Dr. José Bento.


Candidíase e Alimentação

De acordo com Flávia Cyfer, Nutricionista clínica Funcional, Graduada em Nutrição pela Univesidade Gama Filho – RJ e Pós graduada em Nutrição Clínica Funcional pela UNIC-SUL o tratamento consiste em retirar todos os alimentos que estimulam o crescimento fúngico, como açúcar, mel, melado, doces, pães refinados, alimentos fermentados como pães, cerveja, vinagre, vinho, alimentos em conserva e embutidos. A quantidade de carboidratos deve ser regulada, inclusive a quantidade de frutas, e dependendo do caso, somente frutas com pouca frutose são permitidas.

Na dieta alimentar são incluídos alimentos com ação antifúngica, como as sementes de abóbora (usadas como farinha salgada na comida, depois de triturada), orégano e tomilho, romã (toma-se o suco, que se prepara batendo a polpa e as sementes , onde está o composto ativo contra a Cândida.), óleo de coco extra virgem (pode ser usado no suco de fruta ou no chá. Crú. Basta misturar.). Muitas outras estratégias terapêuticas alimentares são utilizadas, inclusive para modular o sistema imune.

“Suplementos fitoterápicos também são importantes nessa matança fúngica. Durante esse tratamento, a flora intestinal vai sendo reestabelecida (o uso de suplemento probiótico, que contem bactérias boas, é fundamental), e o fígado vai sendo cuidado com muito carinho, pois é ele quem recebe todas as toxinas dos fungos que estão sendo exterminados. Dessa forma, a detox / alimentação desintoxicante deve ser feita simultaneamente”, explica Flávia.



O Diagnóstico e o Novo teste que Identifica a Candidíase em 20 minutos

Já está disponível no Brasil um novo teste que detecta infecções vaginais em apenas vinte minutos no próprio consultório ginecológico. Nos exames de diagnósticos clássicos, realizados em laboratório, os resultados finais podem demorar de 7 a 10 dias. Composto por um kit de estojo com janelas coloridas e um swabs (como uma grande haste flexível plástica com algodão na ponta), o Teste Vaginal identifica as quatro principais infecções vaginais: vaginose bacteriana, clamidíase, tricomoníase e candidíase.

O ginecologista e obstetra Dr. José Bento de Souza, explica o procedimento. “Como um ensaio bioquímico, o teste avalia as substâncias presentes na secreção vaginal. As possíveis alterações no PH, bactérias, leucócitos e sangue alteram a cor do estojo e então conseguimos quase 100% de precisão na identificação da candidíase”, detalha.

O diagnóstico clínico comum da candidíase vaginal é feito através do exame ginecológico, e pode ser complementado com exames de laboratório como o Papanicolau, onde a secreção é colhida e analisada microscopicamente. “O tratamento para combater a candidíase é feito à base de antimicóticos locais, com princípios ativos como o clotrimazol. Complementar o tratamento com uma dieta especial, preparada em conjunto com o médico, também ajuda a recuperar a saúde e a reconstruir o sistema imunológico”, finaliza Dr. José Bento.



Bem mulheres, o tratamento exige força de vontade, mas, como prêmio, você se verá livre dessas infecções vaginais constantes, terá melhora na disposição, na libido, na saúde em geral, no humor, na estética, e ainda evita o triste destino repleto de sérias consequências, resultante de um longo período de exposição à essa maldita Cândida Albicans! Declare guerra!



Veja mais sobre CANDIDÍASE em nossa coluna de:

Saúde Feminina com Prof. Dr. Mauricio Simões Abrão





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