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23/07/2013
Orgasmos Múltiplos: mito ou verdade?

Que tal nos lembrarmos de como é boa a sensação de estar apaixonado? Sorrimos à toa, o dia está sempre lindo, o humor permanece ótimo, tudo muda, até os batimentos cardíacos aceleram. Mas você já parou para pensar o que muda no seu corpo quando o amor preenche seu coração?



Alguns estudos têm mostrado que quando nos apaixonamos o nosso corpo funciona muito melhor, pois nosso cérebro libera um hormônio chamado endorfina, que estimula o corpo inteiro e traz uma série de benefícios à saúde. O cérebro recebe mais sangue e melhora suas atividades, tornando-as mais intensas quando pensamos em quem amamos.

O chamado “hormônio do amor” é a oxitocina, uma substância produzida em nosso cérebro que está relacionada à sensação de estar apaixonado, além de estar também ligada às funções comportamentais, como: orgasmos, reconhecimento social, instintos maternais, entre outros.

O orgasmo é um dilema que assombra muitas mulheres. O orgasmo é sensação mais intensa e prazerosa que se pode ter, respira-se mais profundamente, o batimento cardíaco sobe, os órgãos genitais aumentam, 116 músculos diferentes pulsam e se contraem e ondas de endorfina invadem o corpo. Algumas afirmam que já experimentaram essa sensação durante uma relação sexual, porém, muitas não conseguem “chegar lá”, o que torna o orgasmo para elas um mito. O orgasmo está associado a uma grande sensação de prazer e algumas mulheres são “premiadas” com orgasmos múltiplos. Mas será que é possível ter vários ao mesmo tempo? Estudos dizem que é possível sim sentir diversas ondas do prazer de forma sucessiva. Mas vá com calma, pois o fenômeno é raro.

Segundo a ginecologista e obstetra Erica Mantelli (CRM 124.315) a mulher nota que está tendo um orgasmo múltiplo durante uma relação sexual quando ela continua recebendo estímulos depois de um primeiro orgasmo, sem intervalos entre os orgasmos. Toda mulher sexualmente saudável pode tê-los. Algumas conseguem ter orgasmo com mais facilidade por conta de condições físicas ou psicológicas, mas outras sentem uma dificuldade maior em sentir prazer. “A sensibilidade de cada mulher é que vai determinar se ela atingirá o orgasmo ou não. As mais tranquilas e seguras têm mais chances, assim como aquelas que conhecem o próprio corpo”, afirma a ginecologista.

A dificuldade de chegar ao orgasmo está no segundo lugar da lista de problemas que levam as mulheres a procurar ajuda por questões ligadas à sexualidade. Mantelli explica que fatores fisiológicos e psicológicos podem interferir, além disso, as causas orgânicas também podem ser as responsáveis por 20% a 40% das disfunções sexuais femininas. “Período menstrual, inflamações da vagina e colo de útero, corrimentos vaginais, tabagismo, álcool, uso de antidepressivos, alguns anticoncepcionais, doenças vasculares, diabetes, endometriose, miomas e a menopausa podem ser considerados empecilhos para a mulher ter orgasmo”, disse.


Diga sim aos orgasmos múltiplos

Geralmente o orgasmo tem duração de seis a 10 segundos, em alguns casos pode chegar aos 20. “Na hora do orgasmo, a mulher sente contrações involuntárias e rítmicas na musculatura vaginal, sendo forte ou suave, o que ajuda a aumentar a sensação de clímax. Há aumento da frequência cardíaca, o rosto fica mais rosado e as mamas ficam mais sensíveis e o corpo relaxado”, esclarece Mantelli.

Há diferentes maneiras de se chegar ao orgasmo, mas a sensação é a mesma. “A estimulação pelo clitóris é mais fácil para a mulher, já que é um ponto específico, externo e de fácil acesso. Já o orgasmo com penetração é mais difícil de alcançar, já que o estímulo ocorre no interior da vagina”, conta a médica. Mas se a mulher conseguiu atingir o seu primeiro orgasmo, ela está pronta para receber vários estímulos na hora da relação. “Quando a mulher tem um orgasmo e continua sendo estimulada pelo parceiro, é mais fácil ter orgasmos múltiplos, já que o corpo está bem excitado e aquecido. Além disso, a mulher também precisa estar disposta para responder aos estímulos”, sugere Erica.

A masturbação também é outro caminho que pode ajudar as mulheres a ter o tão sonhado orgasmo múltiplo. “Ela ajuda você a conhecer seu corpo e descobrir os movimentos e a intensidade com que mais gosta de sentir prazer”, destaca Mantelli.

Vale ressaltar que não há necessidade de ter orgasmos múltiplos em toda relação e também que ele não é mais prazeroso do que um único orgasmo. “A mulher precisa se preocupar em ter prazer e se sentir satisfeita após a relação sexual. O número de orgasmos não deve ser preocupação e nem deve ser encarado como obrigação em todas as relações”, recomenda a ginecologista.



Pilates e o Orgasmo

Muitos homens e mulheres têm lotado aulas de Pilates em todo o país. E não é só porque o método é capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e força muscular ou promover um corpo saudável, alongado, flexível e melhorando também a postura. Ele também melhora o desempenho sexual e, para as mulheres, pode ser ainda mais especial: até facilita e prolonga o orgasmo.

Isso acontece porque os exercícios do Pilates, (clique aqui) trabalham a contração e relaxamento da musculatura do períneo e do pubococcígeo, ou seja, contribuem para o fortalecimento da região interna da coxa e glúteos.

Segundo o fisioterapeuta e instrutor de pilates, Vinicius Zacarias do Zahra Spa & Estética, isso deixa os quadris mais flexíveis, região usada para o movimentos sexuais. “Como o exercícios fazem a circulação sanguínea aumentar, o homem ou a mulher acabam conseguindo ficar mais tempo nessas posições sexuais. Por conta disso, os orgasmos costumam ser mais intensos”, explica Zacarias.

Lembre-se que uma vida sexual saudável não depende necessariamente da quantidade de orgasmo, mas sim da maneira que a mulher deve sentir prazer, pois ter um orgasmo apenas, por exemplo, pode ser mais intenso que vários em sequência. O importante é que ela se sinta satisfeita com a relação, se conseguiu ter vários, ótimo, caso ao contrário não há motivos para se sentir inferior.

A relação sexual é muito mais prazerosa quando há cumplicidade do casal, em que um tenta satisfazer o outro, mas mantendo seus desejos e fantasias individuais também. O orgasmo não é obrigatório em toda a relação sexual, porém, sua ausência deve ser investigada, pois pode não apenas se tratar de alguma desordem orgânica, mas significar uma disfunção sexual que precisa ser avaliada e tratada pelo médico o quanto antes.

O médico ginecologista tem um papel fundamental para conversar e esclarecer as dúvidas sobre questões sexuais.

Mantenha sua consulta em dia e converse com seu médico de confiança. Deixe de lado o medo ou vergonha de falar sobre como está sua vida sexual, pois esse é o primeiro passo para uma vida sexual saudável e feliz.




Veja mais sobre os assuntos em:

Saúde Feminina com Prof. Dr. Mauricio Simões Abrão


Em forma com Pilates com Profa. Danielle Rotondo





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