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12/11/2012
Da trombose venosa à embolia pulmonar

Apesar de grave, a embolia pulmonar é uma doença comum. Acontece toda vez que um coágulo de sangue da veia, também chamado de trombose venosa, se desprende e obstrui um vaso sanguíneo do pulmão. Este processo dificulta a troca gasosa e oxigenação do sangue.

“O tempo inteiro nossos vasos estão se rompendo e formando pequenos coágulos, que logo são dissolvidos. Se um local está pressionado, os vasos estouram e, para não haver sangramento, coágulos são formados e depois removidos. É um processo natural e dinâmico”, esclarece dr. Fabrício Martins Valois, especialista em circulação pulmonar da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

Mesmo sendo um processo natural, há situações e fatores que fazem com que o corpo forme mais coágulos do que deveria. É o caso de pacientes com tendência maior de formar coágulos por fatores genéticos.

Há também os fatores de risco adquiridos, como as cirurgias, principalmente ortopédicas – em especial de quadril ou joelho. “Na maioria das vezes, a região mais afetada pela trombose venosa é a das pernas”, alerta Dr. Valois. O processo cirúrgico inflama os vasos e predispõe a formação de coágulos. O pós-operatório é outro fator de risco. “No paciente acamado, o sangue circula em velocidade menor ou fica parado, formando o coágulo”.

“Um alerta para as mulheres são os anticoncepcionais orais, que podem aumentar o risco de trombose, principalmente quando houver outro fator de risco associado”, informa o especialista. Outras situações que também podem aumentar a chance de trombose são viagens prolongadas e tumores, que fazem com que o paciente libere uma substância que facilita a coagulação do sangue.

A mortalidade geral da embolia pulmonar é alta, na opinião do especialista. “Cerca de 10% dos que têm embolia pulmonar evoluem desfavoravelmente, podendo chegar até a falecer. Entre aqueles nos quais a embolia não é diagnosticada ou tratada corretamente, a mortalidade chega a 30%. Já entre os tratados adequadamente, a mortalidade diminui para 2% a 5%”.
Tratamento e prevenção
O diagnóstico é feito quando os sintomas pulmonares são observados. “A maneira como os sintomas se manifestam é que nos faz suspeitar da embolia”. Segundo Dr. Valois, falta de ar, dor no peito ao respirar e tosse, que às vezes pode vir com sangramento, são manifestações que podem indicar embolia pulmonar.

No caso da embolia de pulmão, estes sintomas aparecem de forma repentina “É diferente da pneumonia, por exemplo, na qual os sintomas evoluem a cada dia. Na embolia os sintomas pulmonares aparecem de repente, ainda que sejam muito parecidos com os de outras doenças pulmonares. Apesar de a trombose venosa representar a origem do coágulo, nem sempre apresentará sintomas”.

Para diagnosticar, se a suspeita é fraca, o exame de sangue geralmente afasta a possibilidade. Mas o exame mais utilizado é a tomografia. Existem outros exames capazes de diagnosticar embolia, mas o mais utilizado é a angiotomografia do tórax, que além de permitir visualizar o coágulo no pulmão, possibilita avaliar a presença de outras doenças que podem simular a embolia.

“É um exame mais sofisticado. Consegue mostrar se existem coágulos pulmonares, o tamanho do coágulo, quantos vasos estão obstruídos, o quão intensa foi a repercussão da embolia para o coração e oferece uma ideia geral da gravidade da doença”, explica.

“A primeira opção de tratamento é evitar que a doença piore, estabilizar a situação. Para isso, é aplicado anticoagulante para que não apareçam mais coágulos. Na maioria dos casos, o trombo desaparece com o passar dos dias pela própria ação do corpo, que tende a dissolvê-los.”

O tempo de tratamento depende do que causou a embolia, sendo, no mínimo, por três a seis meses. Se o fator de risco for genético, ou se o paciente tiver apresentado mais de um episódio da doença, o tratamento perdura pela vida inteira.

Nos casos mais graves, em que o coração sofre por causa da embolia, não conseguindo mais bombear o sangue para o corpo, pode ser usado o trombolítico, que é um fármaco capaz de destruir o trombo. “É usado somente em situações extremas, um tratamento de exceção, pois pode promover efeitos adversos graves”, finaliza o especialista.





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