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01/11/2012
Como melhorar o desempenho no vestibular?

Não dá para pular do ensino médio para uma boa faculdade sem passar pelo martírio do vestibular. Uma fase de muita dedicação, cobranças e sem garantias de sucesso. Uma maratona marcada por obstáculos como a competição, a matéria interminável, o cansaço mental e a temida ansiedade. Em poucas fases da vida a capacidade cerebral é tão exigida.

Segundo o neurologista Leandro Teles (CRM- 124.984): “O vestibular não é uma prova qualquer. Primeiro porque tem muita coisa em jogo, segundo, pois aborda o conteúdo de toda uma vida escolar. O aluno precisa tirar o máximo de sua capacidade intelectual e, principalmente, emocional. A memória, por exemplo, é exigida em toda sua complexidade, da retenção à evocação direcionada. Sairá na frente o aluno que souber manter o foco e a melhor estratégia de estudo para esse tipo específico de cobrança”.



Pedimos ao especialista que indique e comente as principais orientações para otimizar a performance cerebral no contexto do vestibular



1-Ambiente = Estudar em ambiente preparado é o primeiro passo. Iluminação direta e branca, mesa limpa, móveis confortáveis, etc... Nesse contexto com poucos distratores o que é realmente importante salta aos olhos e é mais facilmente memorizado. Nada de televisor ligado, música, redes sociais, etc... Evite pilhas de livros, textos esparramados e interrupções. É muito melhor foco por um tempo menor, intercalado com os outros afazeres, do que estudar muito tempo em meio a outras atividades concomitantes.



2-Repouso = Nada de perder o sono para estudar mais. É durante o sono que a memória é organizada e consolidada. Virar a noite estudando pode até funcionar como desespero para uma prova do colégio, aonde a matéria é menor e dá para encarar o desafio só com a memória pouco consolidada. Mas o vestibular é bem diferente, a distância entre o estudo e a prova é de meses e a matéria precisa de consolidação para vencer o stress na hora “H”. Além disso, o sono descansa o cérebro e o corpo para o dia seguinte de atividades. Pra quem acorda cedo e vai ao colégio ou cursinho, até aquele cochilo de 30 minutos após o almoço está liberado para melhorar o rendimento do estudo a tarde, obviamente sem exagero para não perder o sono da noite.



3-Destaques = decorar tudo é impossível. O segredo do sucesso é destacar os conceitos, pontos principais e palavras chaves. Foi-se o tempo que os bons vestibulares cobravam “decorebas” e rodapés de livros. Hoje em dia, cobra-se conceito, capacidade de raciocínio em cima deles, integração do conhecimento e o poder de improvisação. Atente para o conceito, destaque-o com letras grandes, grife, circule, copie, desenhe, fala em voz alta, troque de cor, etc ... .Faça qualquer coisa para destacar a ideia primordial. Condense textos em parágrafos, parágrafos em frases, frases em uma palavra. O poder de síntese organiza o raciocínio, ajuda também a abrir a “gaveta” cerebral certa na hora de responder às perguntas.



4-Revisão = Arma importante na consolidação da memória. Quanto mais vezes algo é recordado, mais firme fica na cabeça. Algo que é vivenciado e não é recordado em algumas semanas tem pouca chance de ficar na memória. A revisão pode ser bem mais rápida que o estudo, algo que custou 1 hora para ser entendido pode ser revisado em 5 minutos ou menos. O tempo deve ser administrado para que toda a matéria seja coberta com folga e bem antes da prova, para que, na reta final, uma revisão reaqueça os temas adormecidos pelo tempo e distância da prova. No mundo ideal são recomendadas revisões planejadas a cada 2 meses.



5-Alimentação = durante o ano priorize alimentos de fácil digestão, rico em nutrientes e vitaminas. Prefira várias porções e pequenas quantidades. Alimentos muito gordurosos e calóricos, principalmente em grande quantidade dificultam a concentração e lentificam o processo cerebral. Isso, pois, após uma grande refeição o fluxo sanguíneo é redirecionado ao estômago e intestino, além do aumento da acidez do estômago que leva a uma redução da acidez sanguínea por um tempo. Tudo isso gera sono e baixa disposição. Por outro lado, nada de estudar com fome, a fome é mais um estímulo que competirá com o estudo e tirará o foco do aluno. Beba bastante água, evite o álcool e os alimentos muito estimulantes, pois, em excesso, podem paradoxalmente reduzir a atenção como um todo.



6-Associações mentais = toda pessoa com boa de memória faz isso. Para memorizar algo que não atrai o interesse uma técnica possível e associar o conceito a algo que já está gravado na mente (chamamos isso de regra mnemônica). É interessante para fixar nomes, datas, sequencias e fórmulas. Crie rimas, músicas, links mentais, siglas, etc... Quanto maior o componente emocional ou o humor da associação, melhor! O cérebro pode carregar uma boa regrinha mnemônica pela vida inteira.



7-Metas = nosso empenho se alimenta de metas. Fundamental estabelecer um planejamento claro, com metas objetivas e com prazo de execução (quanto mais curto melhor). E nada de metas impossíveis ou improváveis! Cumprido o cronograma, parta para atividades extras, isso melhora a autoestima, reduz a ansiedade e minimiza a culpa no descanso e atividades sociais.



8-Desempenho linear = essa última dica é fundamental. Muitos alunos oscilam no rendimento durante os meses, aumentando a carga de estudos conforme aumenta a proximidade da prova e o desespero. Outro equívoco é disponibilizar tempo menor para matérias que não gosta. Acabam surgindo alunos totalmente assimétricos, com rendimento excelente em algumas matérias e sofrível em outras. O ideal é um ritmo linear de estudo e não deixar o gosto pessoal interferir no planejamento. Não deixe matéria não compreendida para trás e nada de “jogar a toalha” para nenhuma matéria específica.







Veja mais sobre o assunto na Coluna Neurologia e Saúde com Dr. Paulo Caramelli (link: http://sentirbem.uol.com.br/index.php?modulo=colunistas_mat&id_col=30)





Serviço:

www.leandroteles.com.br





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