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18/03/2012
Depressão e o excesso de peso

Nos tempos de Botero, o pintor que gostava das mulheres fofinhas, ter uns quilinhos a mais era comum, até para mostrar que havia fartura à mesa. Com o tempo, o excesso de peso perdeu a conotação positiva. Hoje, a obesidade se alastra e tira o sono dos médicos por causa do impacto que tem sobre a saúde. Ela facilita o surgimento de doenças e encurta os anos de vida. Uma das doenças que causa grande preocupação é a síndrome metabólica, doença esta que envolve vários fatores de risco, podendo fazer organismo chegar ao colapso cardiovascular, periférico e diabetes. É uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo e tem como base, a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais esse hormônio.

Em muitos congressos, estudos estão sendo apresentados mostrando e divulgando avanços suficientes para reformular conceitos sobre obesidade. À luz das descobertas, não dá mais para imaginar que o gordo com dificuldade de emagrecer ou aquele que recupera peso após fazer um tremendo sacrifício, precisa de estímulo e disciplina. Pesquisas mundiais mostram que a fome e a vontade de comer estão intimamente ligadas a aspectos genéticos e os hormônios que estão cada vez mais sendo conhecidos. De doze substâncias presentes no corpo que interferem nesses mecanismos, três têm papel de destaque: a grelina, a leptina e o PYY3-36.

Estudar cada vez mais estes três e outros também importantes como o cortisol, é a principal meta dos pesquisadores, tanto os que lidam com crianças e adolescentes, como aqueles que trabalham com adultos. O Ministério da Saúde inclusive está numa grande campanha para conscientização da obesidade infantil, com educação em casa e nas escolas, além de acordos com a indústria alimentícia.

Um dos mais investigados é a leptina, fabricada pelas células gordurosas para provocar a saciedade. Um estudo, entre outros, mostrou a falta que a substância faz. O nível de leptina fisiológico (normal) aumenta os níveis de saciedade e, com isto, as pessoas podem emagrecer mais facilmente. Estar acima do peso deixa o adolescente mais vulnerável a sintomas depressivos, mostrou uma pesquisa da UNIFESP (universidade Federal de São Paulo). Olhem só os números: enquanto os sinais da depressão atingem 80% dos jovens com excesso de peso, a porcentagem é de 22% para os que estão com o peso normal. A associação entre episódios depressivos e obesidade já é conhecida, mas não esperava uma porcentagem tão alta. O estudo mostrou que 34,5% dos adolescentes com risco de ultrapassar o peso normal também apresentavam sinais depressivos. Eles também ganham dos jovens que estão dentro do peso.

Baixo peso

Ao avaliar o estado nutricional dos jovens, identificou-se também indivíduos com baixo peso, originários de desnutrição ou com risco de desnutrição. Porém, esses adolescentes não apresentavam mais sintomas depressivos do que aqueles com peso normal. As porcentagens de indivíduos deprimidos para esses dois grupos ficaram em torno de 25%.

Os sintomas mais comuns de se encontrar nos adolescentes, quando se quer detectar sinais de depressão são sensações de desesperança, culpa, fracasso e baixa autoestima, além de alterações orgânicas como falta de concentração, insônia, perda de apetite e de desejo sexual. Esses são alguns dos sinais a apontar que o indivíduo está deprimido.

Ainda não se sabe o que ocorre primeiro, a depressão ou a obesidade.

A pessoa portadora de depressão perde a capacidade – principalmente – de ação, a vontade de fazer as tarefas comuns e a disposição, portanto é um círculo vicioso, pois estas pessoas tem mais dificuldades para combater a obesidade e assim, também ajudar a curar a depressão!

Veja mais sobre o assunto em nossas colunas de:
Dicas de Atividade Física com José Carlos Altieri
Qualidade de Vida com Priscilla de Arruda Camargo
Cuide da Saúde com Exercícios, com Prof. Dr. Marco Uchida
Endocrinologia e Saúde com Dr. Filippo Pedrinola
Nutrição com Dra. Rosana Farah





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